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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Comerciante é alvo de bandidos pela 12ª vez

Assaltado pela 12ª vez na manhã dessa sexta-feira, o sentimento do empresário Julci Cardoso, 45 anos, é de revolta. Proprietário de uma padaria que funciona há 28 anos na esquina da Rua Condor com a Avenida Deputado Euclydes Kliemann, no Bairro Esmeralda, em Santa Cruz do Sul, o comerciante já não sabe o que fazer para evitar novos ataques. “Estou com as mãos amarradas. Vou fazer o quê? Só rezar e pedir pra Deus”, lamenta. O que mais indigna Cardoso é a sensação de impunidade. “O que eu sinto é vergonha. Tu paga imposto. Uma parte vai pra segurança pública. Mas que segurança?”

Cardoso conta que, em todas as vezes que a padaria foi alvo de criminosos, a dinâmica foi a mesma: dois homens chegaram e exigiram dinheiro. O que mudou na ação dessa sexta foi o horário. “Geralmente, eles vinham ou no meio da tarde ou no fim do expediente para pegar o dinheiro do dia. Fui obrigado até a diminuir o horário de atendimento para evitar novas situações. ”O comerciante costumava fechar a padaria às 20 horas, mas, depois de enfrentar vários assaltos, passou a terminar o expediente às 18h45. Ele também contratou uma empresa de vigilância, que faz rondas pelo local. Mas nenhuma das providências evitou que novos ataques acontecessem.

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“Posso ainda colocar uma porta de banco. Imagina, tu colocar uma porta giratória para o cara vir comprar pão.” 

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De acordo com o proprietário, a situação piorou nos últimos dez anos. “Tu foca em trabalhar, progredir, crescer. Mas do jeito que está, daqui a pouco o cara começa a repensar”, afirma. O que mais incomoda o empresário, que teve a padaria assaltada pela primeira vez há 20 anos, é a sensação de impunidade dos criminosos. “Tu começa a ficar irritado com isso. Fico indignado quando falam que diminuíram os casos, que o que acontece está dentro das estatísticas. Não é justo. Enquanto não houver uma reforma moral no País, não vai mudar.” 

O assalto

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Casos

De acordo com Cardoso, o assalto dessa sexta-feira foi o de menor prejuízo. A maior perda que ele teve com roubos aconteceu há cerca de oito anos. Na época, um funcionário que chegava para fazer pães por volta das 2h30 foi rendido por dois homens. Eles levaram R$ 10 mil em dinheiro, além de uma Fiorino. Os 12 casos aconteceram no período de 20 anos.

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