Quem cresceu na companhia de irmãos vai concordar comigo: brigas entre a garotada, no ambiente doméstico, são quase inevitáveis. Basta o irmão mais velho fazer uma piada com o caçula, o caçula pregar uma peça no do meio, o do meio apanhar algum objeto do mais velho… e pronto: está armada a confusão.
Porém, em tempos de confinamento, os efeitos dessas querelas do dia a dia são potencializados – elas não só parecem mais frequentes, como também, mais impactantes. Dias atrás, lá em casa, tive que chamar nossos quatro filhos para uma reunião de crise, após ferrenha discussão decorrente de um desacordo em uma brincadeira qualquer. Com toda a pompa que o momento exigia, caprichei no discurso:
– Turma, possivelmente estejamos passando por um dos momentos mais críticos de nossas vidas. É preciso que, no período, a gente mantenha o equilíbrio e, principalmente, a paz dentro de casa. Do contrário, o isolamento se tornará insuportável. Portanto, preciso da colaboração de todos.
O efeito do discurso durou uns 20 minutos. Mas foram 20 minutos maravilhosos…
LEIA TAMBÉM
Ágatha queria ter ido à Expoagro
Como ocupar a turminha
Publicidade