ads1
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Como o coronavírus afeta a rotina de quem vive na Europa e no Oriente Médio

Rapidamente, a doença que surgiu na China se desloca pelo mundo. A disseminação tem agora seu centro na Europa. No Brasil, os casos confirmados se aproximam de cem e a preocupação vem numa crescente. O coronavírus tem mudado rotinas em todo o mundo. Pessoas que saíram da região e hoje vivem em outros países relataram à reportagem como a doença tem influenciado suas vidas.

O rio-pardense Alexandre Nascimento mora em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e conta que por lá a situação também está alterada. As rotinas foram refeitas para evitar que o vírus se alastre. No país são pelo menos 74 casos de Covid-19.

Publicidade

Nascimento, que é árbitro e professor de jiu-jitsu, explica que as escolas adiantaram as férias de primavera, que duram duas semanas, e já confirmaram mais 15 dias de aulas online. O mesmo acontece com as universidades. As instituições de ensino estudam a possibilidade de estender este prazo para as aulas à distância até o fim do semestre, dependendo da situação do vírus.

Publicidade

Os pontos turísticos, shoppings e locais com maiores concentrações de pessoas não foram fechados, mas estão com avisos por toda a parte. Até o momento shows e eventos esportivos foram cancelados. É o caso dos treinos de jiu-jitsu, que não estão acontecendo neste período.

Alexandre Nascimento é árbitro e professor de JiuJitsu

LEIA MAIS: Bolsonaro diz que resultado de exame para coronavírus deu negativo

Publicidade

Morando em Milão, na Itália, há 3 anos, a professora de inglês Betina Sisnande, relatou à Rádio Gazeta FM 107.9 que a situação no País é tensa por causa do coronavírus, mas que está sob controle. Com acesso restrito a farmácias e supermercados, únicos locais que se mantêm abertos, até a primeira semana de abril, o País está em quarentena.

Publicidade

Recomendados a não sair de casa, se precisar, apenas por motivo de trabalho ou doença, Betina contou que o contato com vizinhos e amigos acontece somente via internet. “O clima, no geral, até agora, é bem tenso, pois a Itália é um País com uma população idosa muito grande e são essas pessoas que estão mais fragilizadas. O índice de mortalidade está muito alto, então é isso que preocupa mais as pessoas”, explicou.

De acordo com Betina, os hospitais estão sobrecarregados e faltam aparelhos respiratórios, no entanto, a população tem se mobilizado para auxiliar as casas de saúde. “Eu acho que a Itália está lidando bem com esse problema, eles estão priorizando a saúde do cidadão, ao invés do lucro ou da economia. As pessoas estão tranquilas, mas em alerta”, ressaltou.

Publicidade

LEIA MAIS: Confira os famosos diagnosticados com coronavírus

Publicidade

As santa-cruzense Roberta Daniela Hanzen da Silva mora em Baden Würtemberg, no Sul da Alemanha, há pouco mais de quatro anos e conta que, assim como no Brasil, a situação no país se agravou nas últimas semanas. Segundo ela, o número de infectados pelo coronavírus aumentou com muita rapidez.

Conforme Roberta, a partir de segunda-feira, 16, todas as escolas estarão fechadas e eventos com mais de 100 pessoas não poderão acontecer. Nesta sexta-feira, 13, pessoas preocupados com a possibilidade de quarentena nacional lotaram supermercados.

Pessoas correram aos supermercados para estocar produtos. Assim estavam as prateleiras nesta sexta | Foto: Roberta Daniela Hanzen da Silva | Arquivo Pessoal
Publicidade

Publicidade

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o número de casos de coronavírus na Europa superou a quantidade registrada no ponto de origem da doença: a cidade de Wuhan, na província de Hubei, na China. Com mais de 132 mil casos confirmados no Continente, a Itália é o País com maior foco, possui 15 mil casos confirmados e mais de mil mortes por causa do Covid-19.

Roberta Daniela Hanzen da Silva, mora em Baden Würtemberg há pouco mais de 4 anos

LEIA MAIS: Santa Cruz do Sul tem três novos casos suspeitos de coronavírus

Publicidade

Publicidade

© 2021 Gazeta