Educação

Como o professor deve se portar diante da inteligência artificial? Especialistas indicam

O Sesi Com@Ciência Debates ocorrido na última semana no Instituto Sesi de Formação de Professores, em Porto Alegre, foi uma aula sobre educação. O evento iniciou-se com a apresentação da pesquisa “Apagão de professores: uma análise dos impactos da oferta de docentes no RS”, desenvolvida pelo Observatório Sesi da Educação, já noticiada pela Gazeta do Sul e que aponta a possibilidade de o Estado ter um déficit de 10 mil professores em 2040. A programação incluiu palestras com especialistas e oficinas de capacitação para docentes.

Os palestrantes destacaram o papel do educador, principalmente frente ao avanço da inteligência artificial. Referência em inovação, a professora Martha Gabriel, da PUC-SP, afirmou que o progresso da tecnologia chegou a um ritmo alucinado. Frisou que, para aprender a lidar com ferramentas e possibilidades que surgem em curtos espaços de tempo, é preciso educação.

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“A educação é pilar fundamental da aprendizagem. E, para aprender, temos de acabar com as desigualdades. Precisamos de educação para criar um sistema operacional que gere desenvolvimento, com professores e instituições fortes”, ressaltou.

Martha fez questão de reforçar que a tecnologia é o principal agente de mudança na sociedade, mas depende de humanos capacitados, com senso crítico. “É preciso saber as melhores perguntas para fazer à Inteligência Artificial. Para isso, precisamos ter conhecimento. Todos teremos de ser engenheiro de prompt nesse sentido”, complementou.

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O doutor em teoria econômica e coordenador do Núcleo de Estudos do Insper, Michael França, abordou a relação da educação com as desigualdades. Em sua fala, citou os vieses pelos quais os indivíduos são percebidos, considerando-se raça, gênero e classe social. Conforme ele, a extensão disso para a educação faz com que muitas pessoas que sofrem com olhar desigual não desenvolvam suas potencialidades adequadamente. Nesse cenário, evidencia-se o papel do professor – e da escola – na superação das desigualdades. Além de outras palestras, houve dez oficinas com foco em inteligência artificial, robótica e aprendizagem por projetos.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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