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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Como ocupar a turminha

Há cinco ou seis dias, a ideia de estrear essa coluna nem me passava pela cabeça. Mas há cinco ou seis dias o mundo era outro. Agora, com os rigores do confinamento – e com a proposta da Gazeta de disponibilizar conteúdo variado a pessoas em isolamento –, essa coluna apresenta-se com certa pertinência. Seu objetivo será, além de oferecer uma leitura leve e descontraída (afinal, momentos de crise também pedem uma dose de descontração), disponibilizar dicas aos pais que já não sabem mais o que fazer com as crianças em casa. Vou tentar ajudar, dentro do possível… pois eu também não sei ao certo o que mais fazer para entreter nossos quatro filhos.

Aqui em casa, as crianças não colocam os pés na rua desde quarta-feira, quando as aulas foram suspensas. Para complicar as coisas, nossa smart TV pifou. O diagnóstico do técnico foi desanimador:

– Não tem conserto, a televisão já era.

Para garantir algumas horas de desenhos na Netflix e possibilitar a Ágatha, 7 anos, sua cota diária de My Little Pony, improvisei utilizando o PlayStation do Júnior, 14, como fonte de internet para uma televisão mais antiga. Meu receio, agora, é que o videogame não resista à demanda – dado que, em tese, não foi feito para isso. Assim, decidimos reduzir o uso do aparato improvisado.

A solução? Incentivar brincadeiras à moda antiga, com brinquedos físicos – desses que dispensam acesso à internet, lembram deles? Mas eis que as gurias relembraram de um pedido antigo, do qual venho me esquivando há tempos: uma certa casinha da Polly, tão cara que daria para comprar quase duas smart TVs com o mesmo valor.

Então, fiz uma contraproposta: eu mesmo construiria não apenas uma, mas três casas da Polly, de maneira que cada uma das gurias teria a sua. Desta forma, as Pollys poderiam ser vizinhas e, ao mesmo tempo, ter garantida sua privacidade em cada uma das moradias – pelo menos, foi o argumento que apresentei.

– Mas, pai, serão casinhas de madeira? Não de plástico? – quis saber Ágatha, sempre a mais exigente.

– Isso.

– Mas vão ter dois andares? E camas? E piscina na cobertura?

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