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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Comportamento: certo e errado existem?

A reflexão de hoje é uma provocação. Vejo pessoas, ao se relacionarem, entrando em verdadeiras guerras para fazer valer o jeito certo de fazer as coisas, de viver a vida, de trabalhar e de se comportar. “Jeito certo”, tenho horror a esse termo, porque ele me remete a pequenez, a pouca visão, a limitação e a julgamentos. O que é certo? Concordo que existem regras morais, e as respeito. Não é disso que estou falando. Refiro-me aos conflitos, aos feedbacks cheios de opinião, aos julgamentos que fazemos quando o outro não faz as coisas do “jeito certo”. Jeito certo ou seu jeito? Você fica frustrado, irritado, nervoso porque as coisas não saem como você quer ou esperava ou porque elas não foram feitas da melhor maneira? 

Esse é o ponto. Existem maneiras diferentes de fazer a mesma coisa. Teimamos em padronizar os assuntos humanos, em estabelecer controles de eventos dinâmicos, em decretar, julgar e condenar aqueles que não seguem nosso pensamento ou nossas referências. E se eu disser a você que suas referências são pobres, que seu conhecimento é limitado, que suas experiências são irrelevantes no todo e que seu jeito certo muitas vezes é errado? Confuso? Talvez, mas esta pode ser uma verdade universal: não existe jeito certo, existem jeitos diferentes.

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Há uma verdadeira batalha entre as pessoas. Espera-se que os outros vivam dentro do que achamos que é adequado, dentro de normas sociais falidas, dentro de conceitos humanos limitantes. A boa nova é: somos livres para viver a grande experiência da vida sem nos preocuparmos tanto com o certo e o errado, sem nos ferirmos mutuamente para ter razão, sem empobrecer nossa passagem com bobagens, que no final não fazem a menor diferença. 

Abandone estes termos “certo” e “errado” por uma semana. Abra a gaveta da curiosidade no seu cérebro e aceite que a vida não é como você gostaria que ela fosse. A vida é, e nossa opinião na verdade não faz nenhuma diferença entre os milhares de habitantes deste planeta. Reconheça sua grandeza e sua pequenez. Ouça mais, considere a opinião do outro, aprecie o jeito que é diferente do seu. Pessoas que classificam a vida entre certo e errado, que julgam os demais o tempo todo, que reclamam do diferente, que atacam seu semelhante em nome de leis que nossa sociedade criou, não passam de chatos sociais, que aos poucos vão ficando sozinhos, por uma razão simples de compreender: tornam-se pessoas desagradáveis.

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