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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Compra de votos pelos Jogos do Rio-2016 pode ter atingido América do Sul e Ásia

Os responsáveis pelas investigações que apuram a fraude na escolha do Rio de Janeiro para sede da Olimpíada de 2016 também apuram se, além dos países africanos, a compra de votos atingiu outros continentes. Existe a suspeita de que uma operação de maior dimensão foi realizada para garantir o apoio, principalmente, da América do Sul e da Ásia, com participação decisiva de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio-2016.

Na última terça-feira, as procuradorias do Brasil e da França realizaram operação de busca e apreensão na casa de Carlos Arthur Nuzman, que também teve de ir à sede da Polícia Federal prestar depoimento. Na denúncia inicial, reunião em Abuja (Nigéria), em agosto de 2009, foi apontada como um das ocasiões em que teria ocorrido pagamento de propinas.

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No governo, uma estratégia de “sedução” também foi criada para convencer votos a migrar para a cidade brasileira. No Itamaraty, um departamento foi criado exclusivamente para oferecer cooperação no setor esportivo, com o aporte de financiamento para programas, envio de material e mesmo de treinadores. Na semana da votação, diplomatas que cuidavam desta área em Brasília foram transferidos para Copenhague, na Dinamarca, local da escolha em 2009.

Agentes que participaram da operação na casa de Carlos Arthur Nuzman admitem que coletaram “muita coisa” e que parecia que ele não esperava ser surpreendido por uma busca. Com o caso já em andamento na França, investigadores acreditavam que o dirigente poderia ter destruído ou escondido parte da informação. “Acreditamos que a compra de votos foi geral. Mas começaremos a ter mais certeza com a análise da documentação apreendida”, disse um dos investigadores.

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