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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Constatações de um filho ausente

No meu tempo de interno no Kappesberg (Colégio Santo Inácio, em Salvador do Sul), a gente passava quase o ano inteiro sem ir para casa. Só no dia de Santo Inácio era facultada a visita de pais e parentes (em julho). Voltava-se para casa um pouco antes do Natal e se retornava em março. A comunicação, entrementes, era por carta. Nada mais.
Assim que, após dez meses sem ver pais e irmãs, notava, perfeitamente, as mudanças faciais e corporais. Minhas irmãs haviam incorporado termos que eu desconhecia, meus pais me narravam falecimentos e nascimentos, bem como novidades. Em suma, eu saía de uma bolha para uma esfera bem mais ampla. Pode ser que você que me lê neste instante pense: onde ele quer chegar?

Quero chegar a Santa Cruz de hoje, vista por um filho amantíssimo, que nunca deixou de expor seu orgulho por nascer e ter tido a infância e a adolescência nessa terra sagrada. Desde que me ausentei para fazer a vida em outras plagas visitava periodicamente a família, nunca permanecendo mais do que dois dias. Estacionava meu carro na frente da casa paterna na Thomaz Flores, entrada Linha João Alves, e praticamente não saía de casa. E fiquei por fora das atividades políticas, culturais, etc. Imaginem que até pouco tempo eu não sabia onde ficava a Unisc. As amizades de raiz, no entanto, permaneceram intocadas.

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Estou realmente extasiado. Não só pelo capricho, que sempre teve, mas pelo progresso que a mim parece bem coordenado, além da ímpar cordialidade das pessoas. Esses dias fui abastecer minha caminhonete no Posto Nevoeiro e um senhor que me atendeu começou a falar comigo, denotando boa cultura e muita simpatia, coisa rara de acontecer.. Enfim, nas lojas, na rua, noto uma atmosfera muito mais descontraída do que em Porto Alegre.

A propósito, sábado passado, atendendo a um convite do Flávio Haas, fui jogar tênis com o pessoal do Trem das Onze. Um dia antes passei um “whats” para o Luiz Dummer perguntando se podia estacionar na rua mesmo ou levaria o carro para um estacionamento. Enfim, se não havia perigo de assalto. Dummer me respondeu: “só se tu trouxeres o assaltante no porta malas…”

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