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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Contágio político

Assim como o Supremo tirou do presidente e pôs nas mãos de governadores e prefeitos a administração das medidas preventivas da pandemia, chega a hora de governadores transferirem aos prefeitos a decisão de apertar ou afrouxar os controles. Em 20 estados, a situação está parecida com a da Coreia do Sul. Nos três estados do Sul, com 30 milhões de habitantes, houve pouco mais de dez mortes por milhão, as UTIs estão praticamente vazias e parece ser muito seguro retomar a atividade econômica. Em 14 estados, a situação está melhor do que na Coreia do Sul.

Na região metropolitana do Rio de Janeiro, a situação parece fora de controle, justificando um lockdown. As regiões metropolitanas de São Paulo e Fortaleza parece que se estabilizam. Preocupam Manaus, Belém, São Luís, Recife e Salvador. Sempre regiões metropolitanas. Assim, por que não transferir aos prefeitos as decisões? Municípios fora de registros de vidas em risco estão em condições de reativar a vida.

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A propósito, usei cloroquina quando cobria a guerra em Angola, em 1982, sem sentir reação adversa alguma. Muitas dessas 17 mil vidas poderiam ter sido salvas com a medicação logo nos primeiros sintomas, tal como se recuperaram os doutores David Uip e Roberto Kalil Filho. Se Bolsonaro tivesse execrado a cloroquina, talvez teria ajudado a salvar vidas, com o remédio estimulado pela milícia midiática.

O Brasil está em 28º lugar no número de mortes em relação à população – 76 por milhão de habitantes. No ano passado, entre 16 de março e 18 de maio, tivemos 55 mil mortes por pneumonia, insuficiência respiratória e SRAG (síndrome respiratória aguda). Agora, desde 16 de março, temos 67 mil mortes. São 17 mil por Covid-19, 29.500 por pneumonia, 15.700 por insuficiência respiratória, 5 mil por SRAG, em números redondos, segundo registro de óbito nos cartórios. Ou seja: num mesmo período, 50 mil mortes de outras doenças respiratórias e 17 mil de Covid-19. A Covid perde nos números, mas ganha no pânico imposto, pelo poder de contágio. Contagiou até a política.

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