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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Crianças na cama dos pais?

Não raro, encontramos pais que relatam dificuldades para que seus filhos permaneçam em seus próprios quartos. Alguns explicam que já tentaram de tudo, mas o fulaninho não dorme em seu cômodo. Outros pais esperam que o filho vença suas inseguranças e tome a iniciativa quando estiver pronto. Tem quem assuma que é uma delícia dormir todos juntos. Cada família enxerga o fato com suas nuances. E o que nos mostra a Psicologia?

A entrada de um filho promove muitas mudanças na vida de um casal. A família precisa se ampliar para dar espaço ao novo membro. Os pais inauguram os papéis materno e paterno, deixando de ser apenas filhos. Muitos desafios se apresentam frente à desconhecida missão. Não demora e surge a pergunta: onde o bebê vai dormir quando vier do hospital?

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Não existe um tempo determinado. Geralmente, em torno de três meses já é possível fazê-lo. Se for um pouquinho menos ou pouco mais, tudo bem. Mas lembrem que sempre é mais fácil fazer essa transição quando o pequeno ainda não entende bem o que está acontecendo. Quando ocorrem dificuldades nesse processo, será preciso pensar sobre o que pode estar motivando as dificuldades dos pais.

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Sendo assim, fica claro que, para retirar os filhos que tardam no quarto dos pais, os próprios pais precisam entender a importância desse passo na organização familiar. Cada um em seu quarto, como cada um em seu papel. Pais viúvos ou separados, reforcem que as crianças continuem em seus próprios quartos. Claro, é possível fazer uma noite em família de vez em quando, até uma vez por semana. Tendo clara que essa é uma gostosa exceção, mas não deve se tornar a regra. Mas, atenção: caso alguma criança demonstre medo ou ansiedade elevada, será necessário ficar alerta. Assim como se alguma criança que já havia conquistado essa autonomia volte a requisitar a companhia dos pais, por questões emocionais, será indicada a avaliação de um psicólogo.

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Infelizmente, muitas crianças que seguem dormindo com os pais permanecem infantilizadas, mimadas, ou até resistentes às regras. Ao chegar na escola, no ensino fundamental, não é mais indicado o uso do bico, da mamadeira e da cama dos pais. O ideal é que essas tarefas já estejam antes resolvidas. O aprendizado escolar requer que as crianças estejam maduras para a leitura, o cálculo, os jogos desportivos. Para ganhar e perder. Para superar dificuldades e trabalhar em sua classe sem precisar ajuda para tudo. Não podemos burlar um degrau; ficará um ponto a ser resolvido.

Vamos estimular as crianças a crescerem felizes, serem independentes, seguras, emocionalmente equilibradas. Como pais, precisamos abrir mão do nosso conforto para ajudar cada filho na sua escalada de aprendizagens, de perdas e ganhos. Sejamos mestres, guias, porto seguro, continentes às necessidades dos filhos, separando-as das nossas. Educar é uma tarefa árdua, que escolhemos assumir, consciente ou inconscientemente. Pais, pensem nisso com carinho e busquem ajuda se encontrarem dificuldades.

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