Flagrei o Pêndulo com D. História, a velhota da cadeira de balanços. Para a frente e para trás… Enfadada com mesmices e repetições. Quando algo novo acontece, celebra na fonte de eterna juventude.
O Mano fazia queixas… Sentia-se excluído de nossas últimas crônicas, como se não tivéssemos mais parceria… “Até o Companheiro – testemunha de fatos e registros – sente ciúmes, minha gente?”
Publicidade
Recordamos fatos que parecem gangorras desiguais, mas que fazem síntese. E lançam sementes em terras que haverão de dar suculentos frutos, se Deus quiser.
Em 1998, em um dia de hoje, a Inglaterra pôs um fim na pena de morte. Decidir já é tarefa de paradoxos. Pode ser ordenadora e necessária. Mas, também, pode ser terrível. Vaidosa. De olhos no poder e satisfação pessoal.
Publicidade
Tudo o que se obtém, com o extermínio de outro ser humano, é frustração. E impotência.
Para pessoas de fé, a vida é um dia depois do outro. Precisamos existir, para que nossos erros sejam reparados. E nossos acertos divididos. Para que reflitamos lindamente a imagem do Criador estampada em nós. Somente a Infinita Surpresa conhece os corações. E os ronda para que se rendam à Vida.
Publicidade
Armas apontadas por vinte e oito anos. O povo, como sempre, pagando a conta – cochicha D. História. Para frente e para trás, na cadeira que só cabe a ela…
Somente o amor, para que não perecessem no degredo na própria pátria. E o amor foi mais forte que a morte. Festejada a queda do muro! Cerveja de graça; gente se abraçando e voltando a ter como sonhar. Do lado de lá e acolá de os escombros.
Pensamos o Pêndulo e eu – em outro nove de novembro. Em 1938. Kristallnacht, em alemão. A Noite dos Cristais. Sinagogas destruídas; lojas arrasadas. Sangue israelita misturando-se a espanto estilhaçado… Décadas depois, o papa partilha a refeição com rabinos. No Vaticano. Pontífice entre lados diferentes. Para que o sonho de Deus se torne possível. Que é a paz entre todas as suas amadas crianças.
Publicidade