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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Cumplicidade

Um colega de trabalho comemorou a chegada do primeiro filho. Dei os cumprimentos e, como sempre, tentei me imaginar numa aventura como estas neste momento. Com filhos de 21 e 23 anos, muitas coisas mudaram, novos desafios surgiram.

Em conversa reservada proferi ao futuro pai apenas uma palavra: parceria. O envolvimento permanente é uma imposição na “função” de pai/mãe. Não há folga no sábado, domingo, feriado, horário. Não há férias. É uma atividade inesgotável, tarefa de toda a vida.

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Ao longo destas duas décadas como pai tenho procurado manter uma relação sincera com meus filhos. O compartilhamento de informações sobre a minha vida integra o rol de posturas que adotei para construir uma relação profícua, responsável e verdadeira. Evito invadir a privacidade deles. Aposto na consolidação através da sinceridade para ouvir deles, de maneira espontânea, suas agruras, dúvidas, frustrações e temores. 

Sou profundo admirador do trabalho dos professores. É surrado, porém necessário, lembrar da desvalorização conferida a esta nobre função, vital para todos nós. O envolvimento na vida escolar é tarefa cansativa, mas fundamental para compreender o universo da infância e da adolescência em todas as nuances.

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Lamentavelmente hoje a maioria dos pais vai à escola para impingir aos professores a pecha de perseguidores dos filhos. Quando meus herdeiros diziam isso, perguntava: “O professor tem várias turmas e centenas de alunos. Por que ele iria te perseguir?”. A omissão dos responsáveis não é somente um comportamento lamentável, mas é um perigoso salvo conduto para que os filhos façam o que quiserem. Sem medir consequências e sem preocupação com uma educação mais consonante com as necessidades atuais. E isso não é educar.

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