ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

De viagens e canseiras (I)

Estava me lembrando das minhas seguidas viagens. A primeira aérea, como já narrei aqui, foi num avião da hoje extinta empresa aérea Sadia. Fui assistir a um jogo do Flamengo contra o Internacional, no Maracanã. Deu Flamengo, 1 a 0, gol de Fio Maravilha. Eu tinha 20 anos e não sabia o que era cansaço. Fiquei acordado até de manhã, na hora de voltar.

Nas primeiras viagens que fiz à Europa passava na cauda do avião conversando com os comissários de bordo. Na época se podia beber o quanto se quisesse. Claro que só dava uma cochilada ao amanhecer. Não me importava de ocupar um assento apertado. Tudo era festa.

ads6 Advertising

Publicidade

Depois, quando meus cabelos começaram a “entordilhar”, já me irritava por ter de ficar numa poltrona apertada por quase dez horas, poucos banheiros, quase nada de comida e bebida.

Foi aí que fiz a seguinte conta: e se eu diminuísse a frequência de viagens e fosse de primeira classe? Durante um tempo foi bom, mas depois comecei a me cansar do estresse nos aeroportos.

ads7 Advertising

Publicidade

Meu filho mais velho, Armando, engenheiro, trabalha na Alemanha, em Baden Baden, onde se situa a Becker Avionics. Já fui visitá-lo duas vezes. Mas em nenhuma delas tive oportunidade de visitar o proprietário, Herr Roland Becker. Há alguns meses meu filho me disse que o sr. Becker estava passando uma temporada no Rio e queria muito me conhecer. Fiz contato com ele, e acertamos que eu e minha mulher passaríamos uma semana no Rio e nos hospedaríamos na Barra da Tijuca. Ele respondeu que iria, com sua esposa brasileira, ao nosso encontro. Fiz a bobagem de comprar passagens no avião da Gol que sairia de Porto Alegre às 5h45 da manhã. Chegamos às 7h20 no Santos Dumont e pegamos um Uber para a Barra. Oito da manhã e a má notícia de que o check in era só às 14 horas. Mas, enfim, no dia seguinte o sr. Becker veio almoçar conosco. É um homem saudável nos seus 76 anos. Nosso almoço foi das 12 até as 16 horas, e dê-lhe papo; ele é um gentleman. Pediu que falássemos em alemão porque não estava seguro falando português. Fiquei muito feliz quando ele disse que eu falava relativamente bem o alemão, apesar dos arcaísmos que eu seguidamente usava. No dia seguinte, Becker me ligou e nos intimou a almoçar de novo com ele num restaurante do Leme. De novo almoço de quatro horas. Para isso não senti cansaço. (Continua)

ads9 Advertising

© 2021 Gazeta