Trabalho um tanto incomum no universo feminino, a cutelaria, como é chamada a produção de facas artesanais, vem ganhando traços bem delicados por mérito da paulista Márcia Lütge, de 49 anos, radicada em Santa Cruz do Sul. Artesã há 17 anos, ela começou a demonstrar seus dotes com a confecção de bijuterias e depois com o crochê. Mas é com as facas que, hoje, vem se realizando.
O interesse em produzir lâminas é mais recente, mas Márcia já aposta nessa atividade como profissão. A artesã é uma das poucas mulheres que possuem curso de cutelaria em todo o País. “Enquanto a maioria das mulheres prefere sapatos e roupas, eu gosto de facas. Se vejo uma bonita, eu compro. Sempre fui assim”, conta.
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Diversidade de peças
Quem visita a residência de Márcia, no Bairro Renascença, onde também está montada sua oficina, encontra diversos modelos de facas. “Faço carneadeiras, skinner, faca gaúcha, língua de chimango e modelos que são minhas próprias inspirações mesmo.” Para auxiliar na produção, a cuteleira conta com o marido Alfredo Zuanon, 50 anos, comerciário. “O trabalho pesado, como o corte de disco, geralmente é ele quem faz. O restante do processo fica por minha conta”, revelou.
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