Ao mesmo tempo em que os casos de Covid-19 crescem em Santa Cruz do Sul e no Vale do Rio Pardo, as consequências mais imediatas dessa situação começam a ser percebidas. Os hospitais da região, que vinham conseguindo administrar a ocupação de seus leitos com relativa tranquilidade, agora veem a demanda aumentar, enquanto os estoques de medicamentos diminuem e a aquisição torna-se mais difícil.
Na última segunda-feira, um comunicado emitido pelo Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), de Venâncio Aires, chamou a atenção e preocupou a população do município. Nele, a direção da instituição informava que o setor de emergência e pronto atendimento encontrava-se lotado e já com pacientes aguardando internação.
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A falta de medicamentos também alcançou o Vale do Rio Pardo. Segundo Spies, o HSSM chegou a ampliar os estoques, mas o setor de compras da instituição vem enfrentando dificuldade para comprar os remédios, que estão em falta no mercado. “É uma situação que nos preocupa, sim. Daqui a pouco, a gente tem a disponibilidade do leito mas não tem os medicamentos para manter o paciente entubado, o que seria a mesma coisa que não ter o leito.”
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Em Santa Cruz do Sul, os efeitos também são sentidos. Na madrugada de segunda para terça-feira, o Hospital Ana Nery chegou a ter lotação máxima dos quartos, com pacientes à espera de leitos para internação. A situação foi considerada isolada pela direção da casa de saúde e já está normalizada.
Já o Hospital Santa Cruz (HSC), o maior do município e também do Vale do Rio Pardo, está com aproximadamente 62% dos quartos ocupados. Nessa terça-feira, Santa Cruz também registrou a quarta morte por Covid-19: trata-se de uma mulher de 64 anos, que estava internada na UTI do HSC desde o dia 14 de julho.