Saúde e Bem-estar

Dermatologista orienta sobre cuidados com a pele no verão

Com o verão cada dia mais próximo, iniciando-se no próximo dia 21 e terminando em 20 de março de 2026, a campanha Dezembro Laranja ganha força. A ação, promovida anualmente pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é dedicada à prevenção do câncer de pele, o tipo mais comum de câncer no Brasil, representando cerca de 30% dos diagnósticos, ainda segundo a entidade.

Por isso, a conscientização sobre o câncer de pele ganha ainda mais importância nessa época do ano, que se caracteriza por períodos quentes e maior exposição ao sol. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) apontam que o verão de 2024/25 foi o sexto mais quente no Brasil desde 1961, com temperaturas de 0,34 ºC acima da média do período entre 1991 e 2020.

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Segundo Cristiane Rallo, dermatologista e professora de Medicina da UniCesumar de Maringá (PR), no verão há maior incidência de radiação ultravioleta (UV), o que pode provocar danos na pele, como queimaduras solares, manchas, piora do melasma, envelhecimento precoce, flacidez, pigmentação irregular e alterações no DNA das células, o que pode levar ao câncer de pele. “Neste período, devido às férias e viagens a lugares com praia, piscinas e parques, as pessoas estão mais expostas ao sol e, por isso, precisam reforçar a proteção solar”, reitera a médica.

Dicas de cuidado contra a exposição solar

Para diminuir os danos causados pela exposição solar, a especialista destaca uma série de cuidados essenciais para prevenir queimaduras, envelhecimento precoce e outros problemas de pele. Entre as principais recomendações estão o uso constante de protetor solar — reaplicado a cada duas horas em caso de exposição contínua —, evitar o sol entre 10 e 16 horas, período de maior incidência de radiação UV, e utilizar chapéus, bonés ou óculos de sol com proteção adequada.

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Sempre que possível, é indicado optar por roupas com proteção UV, permanecer em locais sombreados e fazer uso de sombrinhas ou guarda-sóis. A médica acrescenta que uma boa alimentação e hidratação contribuem para a saúde da pele, embora não substituam o uso de protetor solar ou outras formas de fotoproteção. Segundo ela, manter-se hidratado e consumir alimentos ricos em vitaminas A, C e E, além de carotenoides, auxilia na defesa contra os radicais livres produzidos pela radiação UV.

O que pode indicar o câncer de pele?

Em relação aos sinais de alerta para o câncer de pele, a professora da UniCesumar explica que, para o diagnóstico precoce do melanoma — o tipo mais perigoso da doença —, utiliza-se o método “ABCDE”, que avalia características das pintas como assimetria, bordas irregulares, cores variadas, diâmetro superior a 6 mm e evolução, isto é, mudanças recentes em seu aspecto. Para o câncer de pele não melanoma, os sinais que merecem maior atenção incluem feridas que não cicatrizam, lesões que sangram ou formam crostas, nódulos brilhantes ou avermelhados e manchas ásperas persistentes, semelhantes a “casquinhas” que não desaparecem.

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Uso do protetor solar

A dermatologista lembra que a SBD recomenda o uso diário de protetor solar, inclusive em dias nublados, já que até 80% da radiação UV atravessa as nuvens e os danos causados pela exposição são cumulativos. “Até mesmo dentro de casa, o uso do protetor solar continua sendo importante, principalmente quando há exposição indireta próxima a janelas. Recomenda-se aplicação nas áreas expostas como rosto, pescoço, orelhas, colo, braços e mãos”, afirma Rallo.

Sobre o Fator de Proteção Solar (FPS), a professora recomenda produtos com proteção eficaz contra a radiação UV, Ultravioleta A (UVA) e Ultravioleta B (UVB), pois são esses raios que provocam queimaduras solares e câncer de pele. “No dia a dia, recomenda-se filtros com FPS de 30, no mínimo. A escolha do FPS ideal pode variar conforme o tipo e a tonalidade de pele de cada pessoa, Peles mais claras, com histórico de câncer de pele ou com condições como vitiligo, albinismo e lúpus cutâneo podem necessitar de fatores mais elevados (50 ou mais)”, aponta a médica.

A médica reitera que o FPS sozinho não garante proteção total: o produto deve ter amplo espectro, cobrindo UVA, UVB e luz visível, especialmente para quem tem predisposição a manchas.

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Lavignea Witt

Me chamo Lavignea Witt, tenho 25 anos e sou natural de Santiago, mas moro atualmente em Santa Cruz do Sul. Sou jornalista formada pela Universidade Franciscana (UFN), pós-graduada em Jornalismo Digital e repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações.

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