Dois novos suspeitos do assassinato do oposicionista russo Boris Nemtsov, morto a tiros no dia 27 de fevereiro, foram detidos, elevando para quatro o número de detenções no âmbito da investigação. Albert Barakhoïev, secretário do Conselho de Segurança da República russa da Ingúchia – vizinha da Chechênia – declarou que dois homens, ambos naturais da Chechênia, foram presos.
Um desses dois novos suspeitos é o irmão mais novo de Anzor Goubachev, cuja detenção no sábado, 7, junto a Zaour Dadaïev, foi anunciada pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia. Dadaïev era o chefe adjunto de um batalhão do Ministério do Interior checheno, e Goubachev trabalhava para uma empresa de segurança privada em Moscou.
Os dois homens deverão ser apresentados à justiça ainda neste domingo, 8, para um eventual prolongamento da detenção, declarou a porta-voz do tribunal, Anna Fadaïeva. Quanto aos motivos do assassinato, enquanto os aliados de Nemtsov apontam para o Kremlin e serviços especiais russos, o presidente Vladimir Putin defende que se tratou de uma “provocação” destinada a desestabilizar o país.
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Boris Nemtsov, de 55 anos, um reconhecido crítico de Putin e defensor da luta contra a corrupção, foi morto com quatro tiros nas costas a alguns metros de distância do Kremlin, residência oficial do presidente russo em Moscou, pouco antes da meia-noite, no dia 27 de fevereiro. Ele seguia a pé com a namorada, ucraniana, depois de ter dado uma entrevista a uma rádio sobre o protesto da oposição que estava organizando.
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