A data comemorativa não tem um dia fixo como outras celebrações anuais; a única regra é de que a comemoração aconteça no segundo domingo do mês de maio.
Tudo começou, nos Estados Unidos, quando a jovem Anna Jarvis decidiu homenagear sua mãe Ann Marie Reeves Jarvis. Em 1905, na Igreja Metodista de Grafton, na Virgínia Ocidental, Anna começou uma campanha com as amigas para mostrar a importância da figura materna às crianças e adolescentes dentro da igreja que frequentava. Depois de ter convencido vários pastores e ter chamado a atenção de governadores para a importância da data, em 1914, o presidente dos Estados Unidos na época, Woodrow Wilson, oficializou a comemoração do Dia das Mães no segundo domingo de maio.
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Apesar de ser uma data bonita que cresce a cada ano e muitos avanços na inclusão das mulheres no mercado de trabalho, na contra mão já há quem acha que mãe não tem um papel tão especial, até porque a “mãe” pode ser um… “pai”. O fato é que, conforme pesquisa inédita da VAGAS.com, pioneira no desenvolvimento de software de recrutamento e seleção, 52% das mães afirmaram ter passado por alguma situação desagradável no emprego, quando estavam grávidas ou voltaram do período do afastamento. Eram comentários desagradáveis, falta de empatia e até demissão. Segundo a pesquisa, os chefes eram os maiores responsáveis – 80% – por esses constrangimentos.
Para piorar a situação, muitas mães profissionais, após o período de licença-maternidade, ainda enfrentam outras dificuldade, como ser substituída num cargo de gerência ou perder oportunidades de mudar de emprego, de aceitar uma promoção, etc.
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Talvez tendo ciência dessas dificuldades e sabendo ser difícil conciliar as funções de mãe e profissional, outra pesquisa efetuada pela Catho apurou que 30% das mulheres deixam o mercado de trabalho para cuidar dos filhos; entre os homens, esse número é de 7%. Dentre vários motivos, o principal é de ter que faltar ao trabalho, seguido da necessidade de chegar mais tarde, para atender alguma necessidade relacionada ao filho.
Alheios a essas questões relacionadas ao Dia das Mães, à medida que se aproxima a data especial – a segunda melhor data do ano para o comércio varejista, ficando atrás apenas do Natal -, filhos e filhas, contando geralmente com o suporte financeiro de pais ou responsáveis, vão às compras, incentivadas, muitas vezes, por propagandas, promoções, concursos e até premiações para atrair a atenção e o desejo dos consumidores. Nada como um presente, ainda mais se for do desejo ou agrado da mãe, para tentar reconhecer e retribuir todo o carinho e dedicação que ela tem dado, de forma incondicional, ao longo da vida.
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É nessas datas especiais – pior, ainda, se for na última semana ou, até, nas últimas horas – que o risco de comprometer o orçamento pessoal ou familiar é grande. O grande perigo é querer demonstrar amor por meio de bens materiais. Até pode ser, desde que a pessoa ou a família tenham condições financeiras ou, então, planejaram antes a compra. Nesse sentido, a psicóloga e gestora de RH, Marielle Baia, sugere seis dicas para a compra do presente da mãe:
- Realizar os sonhos de sua mãe: evitar comprar algo que ela não gosta ou nem esteja precisando;
- Respeitar o seu orçamento: juntando os irmãos, é possível dispor de um valor maior;
- Comprar com consciência: pesquisar preços, negociar descontos e melhores condições de pagamento;
- Evitar compras a prazo: o parcelamento é uma forma de endividamento;
- Presentear com o coração: nem sempre a mãe deseja um presente “comprado”: pode ser que ela queira mais tempo com os filhos, fazer um passeio ou ser convidada para um almoço especial;
- Poupar para o ano seguinte: se desta vez não for possível dar um presente de mais valor, como gostaria, prepare-se para o próximo ano, começando a juntar dinheiro para a finalidade, desde agora.
Uma homenagem, por mais justa e merecida, não pode levar os consumidores ao descontrole financeiro, com sérias consequências pessoais ou familiares. Nenhuma mãe vai ficar feliz se souber que o presente comprometeu vários meses da renda da própria família com o pagamento de prestações. Definitivamente, o Dia das Mães não pode ser sinônimo de dívidas.
Mães não são todas iguais. Não só no aspecto físico – nem todas são assim como exibem os comerciais da TV -, mas também nos presentes que gostariam de receber – algumas, nem querem – ou na forma como desempenham sua missão de geradoras de vidas. Existem as tradicionais, as que exercem atividades profissionais e/ou de voluntariado, as políticas, as duronas, as boazinhas, as que transmitem princípios e valores ou várias dessas características juntas, todas, de alguma forma, conectadas com as novas tecnologias. Aliás, levantamentos revelam que mais de 50% das motoristas de aplicativos de transporte urbano, são mães. Infelizmente, tem, também, aquelas mães que, com seus maus exemplos de vida, ensinam a desrespeitar pessoas, não fazer o que pregam em igrejas, quebrar compromissos, consumir drogas, roubar e até matar.
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Não importa a idade, a atividade, a situação socioeconômica, o abandono ou até a rejeição. Uma vez mãe, sempre mãe, e cabe aos filhos, pelo menos nesse dia especial, levar a sua mãe o abraço e o beijo de bons filhos. Ou, então, se ela não estiver mais neste plano, dedicar-lhe uma oração ou um momento de reflexão para agradecer tudo de bom que ela fez.