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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Diário do confinamento – 4

Entre tantas consequências oriundas da pandemia mundial está a consolidação da importância dos prefeitos. Governos federal e estadual jogaram no colo dos dirigentes municipais a responsabilidade sobre a abertura ou fechamento de todo tipo de atividade.

A ironia é que teremos eleições neste ano. Até o fechamento desta crônica, a única possibilidade de mudança tratava de possível transferência de data e, além disso, a realização do pleito em mais de um dia, para evitar aglomerações.

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Diariamente almoçavam em nossa casa pessoas vindas do interior, com dificuldades de comunicação – só sabiam falar alemão –, carentes de ajuda para retirar o talão de produtor rural ou ir à consulta médica ou confeccionar a carteira de identidade. Meu pai as acompanhava desde o desembarque até o retorno para a colônia. Se não tivesse morrido aos 52 anos, seria prefeito, tamanha a devoção à política e tamanho o gosto em ajudar.

A crise da Covid-19 tirou muitos prefeitos do anonimato. Alguns pouco fizeram até a pandemia instalar-se. Ganharam espaço na mídia e se viram obrigados a tomar decisões que antes evitaram. O mandato é de quatro anos, mas é raro que eleitores se lembrem dos primeiros meses de administração, muitas vezes caracterizados por equívocos, brigas ou omissões.

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Nossa obrigação é medir e pesar, analisar e comparar, e, com critérios, fazer a escolha certa. O voto é a materialização mais cara da democracia. E, neste ano de 2020, será a arma mais eficiente para consolidar o futuro, corrigir erros do passado e recolocar nossos municípios no caminho do desenvolvimento.

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