O Internacional atingiu o objetivo estipulado para a quarta-feira, 27. Vencer o Independiente Santa Fe por dois gols de diferença e garantir vaga para a semifinal da Copa Libertadores. E com direito a recorde após a remodelação do Beira-Rio: 44.665 espectadores.
“O torcedor cantou e incentivou do primeiro ao último minuto e fez a diferença. Colocamos uma margem de mais de 1,2 mil acima do jogo da Argentina. A quebra de recorde mostrou a força do Beira-Rio”, afirmou o vice-presidente de administração do clube Alexandre Limeira.
O técnico Diego Aguirre, expulso durante a partida, fez uma análise da noite vitoriosa na competição continental. “Encontramos um gol rapidamente e aí ficamos um pouco nervosos, eu acho. Não conseguimos ter a bola e isso fez o adversário vir em cima de nós. Eles não tiveram mais do que uma chance de gol, não me lembro de outra chance. No segundo tempo melhoramos, botamos o time para fora e tivemos tranquilidade para jogar e qualidade para superar um grande adversário. Vencemos um time que ganhou no México, que é muito forte. Não tem jogo ideal, não tem jogo fácil, e tem que sofrer. Libertadores é assim. Me senti orgulhoso do que o Internacional fez para estar na semifinal da Libertadores. Uma coisa maravilhosa e o sonho nosso continua”, resumiu.
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Diego Aguirre vai voltar a dormir, após madrugadas de insônia. Sem o nervosismo da véspera do confronto, o treinador vai celebrar com uma “cervejinha”. “Agora estou tranquilo. Dormirei bem, tomarei uma cervejinha. É algo muito bom, como uma seria uma tristeza enorme deixar passar uma oportunidade. Não dormiria caso não tivéssemos passado. Vou falar com a minha família e estaremos muito bem”, revelou o uruguaio. O treinador também comentou sobre a expulsão, quando se irritou com a arbitragem devido a uma falta sofrida por Valdívia. “Fui expulso porque achei que foi injusto o que ocorreu. Achei que fosse para cartão, e seria vermelho. Pedi desculpas. Isso não pode ocorrer. Às vezes, na tensão do jogo, quando você acha que ocorre algo que não é justo, acontece isso, mas também penso que os cartões saíram merecidamente e os jogadores deles bem expulsos”, explicou.
Diego Aguirre ainda respondeu que o adversário na semifinal não importa e que desejaria a decisão por vaga na final já na próxima quarta-feira. “O adversário não tem importância, o que eu prefiro não interfere. Eu queria é ganhar hoje, depois vamos ver o que acontece e ter o panorama mais claro. Temos muitos dias para o próximo jogo, temos que ficar tranquilos e nos focar no Brasileirão. Este vai servir como preparação para a Libertadores. Sinceramente, gostaria de jogar já na próxima quarta. Seria o ideal, mas o regulamento nos dá depois de um mês e meio. Teremos que planejar para não descuidar do Brasileirão, fazer o que fazemos desde o primeiro dia. Vou seguir mudando o time, não sei se repeti o time, acho que não irei repetir”, concluiu.
O centroavante Rafael Moura, que entrou nos minutos finais e participou do gol que garantiu a classificação, relatou uma conversa prévia com Diego Aguirre. “Foi o mínimo raspão possível, com a luz, com a estrela. Com a humildade do trabalho, e a confiança de todo mundo. Aguirre me falou que me colocaria numa situação limite. No jogo importante, confiou em mim. Palavras dele. Eu sou o genro que todo mundo quer ter. Com o Aguirre, não é diferente. Sou o bom moço, tenho boa conduta. O Aguirre é um cara fora de série. O tempo cada vez mais ia passando, e eu achando que não teria oportunidade. Rezando para quando entrasse, tivesse uma oportunidade. E o papai do céu me abençoou com o gol”, confidenciou.
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O presidente Vitorio Piffero exaltou a equipe, elogiou o trabalho de Diego Aguirre, pediu a mesma intensidade para os próximos jogos do Brasileirão e afirmou que o clube não vai se desfazer das revelações. “Não vou vender nenhum jogador nosso revelação. Se parecer algum jogador “co-lateral”, que não seja definitivo para o clube, pode ser. Do nosso elenco principal, não vou vender. Quero ser tri da Libertadores e Brasileiro. Em 2005, nos tomaram na mão grande”, afirmou.
O técnico Dunga, o auxiliar Andrey Lopes e o coordenador de seleções da CBF Gilmar Rinaldi estiveram no Beira-Rio para acompanhar a partida. O último amistoso da Seleção Brasileira antes da Copa América será no estádio, no dia 10 de junho. Dunga não chegou a comentar sobre as denúncias de corrupção em que a CBF está envolvida.
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