Principal ícone do Atlético-MG após as saídas de Ronaldinho Gaúcho e Bernard, o atacante Diego Tardelli foi apresentado no Shandong Luneng nesta sexta-feira e vestiu de forma oficial a camisa do novo clube, comandado pelo brasileiro Cuca. Feliz com o novo desafio, o jogador diz ter pensado na família para firmar contrato de quatro temporadas no futebol chinês e, fazendo juras de amor ao Galo, assumiu que não tem medo de ser esquecido pela Seleção Brasileira.
Objetivando se adaptar à rotina na China o mais rápido possível, Tardelli admitiu que saiu do Galo de consciência limpa. Pregando muito respeito ao clube mineiro, o jogador deixa em aberto até a possibilidade de retornar no futuro. “Minha relação com o Atlético é muito próxima, tenho um carinho e um respeito muito grande por todos que trabalham lá. Não me vejo jogando em outro clube no Brasil a não ser o Galo. Se eu voltar para o Brasil, quero encerrar minha carreira lá”, falou o camisa 9, que fez 110 gols pela equipe e levantou cinco taças, sendo a mais importante a da Libertadores de 2013.
Beirando os 30 anos, Diego Tardelli teve seu passe comprado pelos chineses por 5,5 milhões de euros (cerca de R$ 17 milhões) e chega à cidade de Shandong com salário cotado na casa de R$ 1 milhão por semana. Frente às cifras gritantes, Tardelli justifica a escolha alegando a necessidade de construir uma reserva financeira, levando em conta a carreira efêmera de um jogador de futebol e as responsabilidades familiares.
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“Pensei muito na minha família antes de acertar, era uma proposta que dificilmente ia acontecer novamente levando em conta os valores e minha idade. Fechei contrato por quatro anos pensando que em algum tempo terei segurança financeira, estou animado com o desafio”, comentou o brasileiro, aproveitando para dizer que não se sente ameaçado de perder a vaga na Seleção Brasileira.
“Acho que não vou ficar esquecido, deixei uma boa impressão na Seleção. Quero ser o primeiro jogador a atuar na China e voltar a ser convocado para defender o Brasil”, declarou Tardelli crente que pode por fim ao tabu, não acreditando em uma menor exposição por jogar no futebol chinês, que vem ganhando cada vez mais adeptos no Continente Asiático, além dos diversos investidores que promovem a competição ao redor do mundo, angariando fundos e buscando novos atletas.
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