A ex-presidente Dilma Rousseff considerou “estranhíssima” a votação separada do impeachment ocorrida na última quarta-feira, 31, no Senado, que a condenou a perda de mandato por crime de responsabilidade, mas manteve seus direitos políticos. Em entrevista a jornais estrangeiros, ela afirmou que, com o seu impeachment, foi condenada à “morte política” e disse ter a consciência de que a “democracia foi julgada” junto com ela.
Na entrevista, Dilma declarou que o fatiamento da votação, que permitiu a ela continuar podendo ocupar funções públicas, não “atenua” nem agrava a sua cassação. “Eu acho que é estranhíssima essa dupla votação. Vota de uma vez de um jeito, vota da outra vez de outro jeito, é no mínimo estranho”, afirmou.
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“Podiam ter feito diferente, podiam ter feito de qualquer forma. O fato gravíssimo é que me condenaram a morte política ao me tirarem da Presidência, que é a maior pena que algum brasileiro ou brasileira pode obter”, disse.
No Palácio da Alvorada, residência oficial que desocupará nos próximos dias, Dilma afirmou que irá inicialmente a Porto Alegre, onde reside sua família, mas também planeja passar um tempo no Rio de Janeiro.
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STF
Após a divisão do julgamento, PSDB, DEM, PPS e PV entraram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal questionando a decisão dos senadores de manter os direitos políticos de Dilma.
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