Os tiroteios registrados nos últimos dias vem assustando quem reside no Bairro Progresso, em Santa Cruz do Sul. No Residencial Santo Antônio, construído entre o Beco do Cléber e a Avenida Euclydes Kliemann, alguns moradores pensam, inclusive, em deixar os apartamentos. Nesta sexta-feira,12, a Gazeta do Sul esteve no local e ouviu o relato de quem tem medo de se tornar uma vítima da violência. A estimativa é de que, dos cerca de 1,2 mil moradores, 300 sejam crianças.
Nos últimos dias, os pais tem impedido os filhos de brincar fora de casa, por medo de que eles sejam alvejados por uma bala perdida. Na terça-feira, dois jovens, de 20 anos, foram atingidos por disparos. Um deles continua internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Santa Cruz. No final de novembro, um adolescente, de 16 anos, foi assassinado no bairro. Os disparos, conforme os moradores, vem se repetindo diariamente. Na tarde de quinta-feira, uma moradora deixava o residencial pelo portão principal junto com as duas filhas pequenas, quando ouviu os disparos. Dois jovens se aproximavam rapidamente em bicicletas. Os dois sacaram armas e atiraram no meio da rua. Os alvos eram outros dois garotos, que conseguiram escapar. A moradora voltou correndo para dentro do residencial.
Apesar do susto, a cena de violência não surpreende quem tem convivido com as ousadia dos criminosos. “Eles não querem nem saber se a bala vai ricochetear no asfalto e acertar alguém. Estava cheio de pessoas ali na frente na hora. É um risco pra todo mundo”, relata um dos responsáveis pela vigilância do local.
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