ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Doação de sangue: ato voluntário que salva vidas

ads3

Dionatan Castro dos Santos é grato a todos que se mobilizaram para doar sangue

ads4

O sobradinhense Dionatan Castro dos Santos passou, há três anos, por um dos momentos mais difíceis de sua trajetória. Quando tinha de 23 anos – perto de completar 24 -, sentiu desenvolver-se um caroço na região da virilha, que aumentou com o passar dos meses. Trabalhador e movido a realizar seus sonhos, Dionatan disse que na época estava vivendo uma boa fase. “Quando aconteceu tudo, eu estava bem psicologicamente, graças a Deus a cabeça estava no lugar, estava conquistando coisas”, recordou.

O diagnóstico de câncer veio após a busca por especialistas e realização de exames, os quais, segundo o jovem, demorou a procurar. Diagnosticado com condrossarcoma, um câncer ósseo, disse que a única opção era cirúrgica. “Era remover ele [o câncer] do local onde se encontrava, entre a bacia e o fêmur, e começou a se alojar também na bexiga e outros órgãos ao redor. Ele começou a crescer muito e quando vimos não tinha outra solução que não a retirada”, destacou.

ads6 Advertising

Publicidade

Conforme conta, em questão de três meses após a realização das duas primeiras biópsias, o câncer se expandiu rapidamente. “Ao chegar em Porto Alegre, os especialistas foram direto ao ponto. Foi quando realmente caiu a ficha, que me falaram o que era. Fiz uma grande bateria de exames”, recordou. A pior sensação, conforme Dionatan, foi a de contar aos familiares, pois necessitava da assinatura deles para autorizar o procedimento cirúrgico. “Um dos piores momentos foi chegar no pai e dizer. Eu não havia contado para ninguém. O mais dolorido de tudo foi ter que falar para a família”, relatou, emocionado.

LEIA TAMBÉM: Família de doadora de órgãos reforça decisão: ‘Mesmo após a morte, ela pôde fazer o bem’

ads7 Advertising

Publicidade

Segundo Dionatan, a tentativa de reviver o membro sem a veia aorta durou algumas horas. “Estava praticamente morrendo por causa da perna. Ela já estava entrando em estado de decomposição. Logo em seguida, no dia 22, foi feita a segunda cirurgia, quando tiveram de optar por amputar a perna”. A situação foi bastante delicada, como relatou Dionatan. “Não era a minha hora”, disse ele, referindo-se a chance de continuar vivo.

A recuperação, segundo ele, foi mais rápida do que se esperava. Foram 40 dias no Hospital, sendo nove deles na UTI e 31 dias no quarto. “O retorno foi um momento difícil novamente, de ver meu filho e meus pais, eu estando sem a perna. Graças a Deus em três anos nunca tive problemas com depressão, com me deixar abalar por conta disso. Já caí alguns tombos, mas sempre tive para mim que tem que cair e levantar. Graças a Deus a recuperação foi uma das melhores. Na hora você perde o chão, mas depois vai se acostumando com o que está por vir”, enfatizou. Dionatan segue realizando revisões periodicamente.

Sentimento de gratidão aos doadores do bem

ads8 Advertising

Publicidade

O sentimento de gratidão também se estende à Secretaria Municipal de Saúde de Sobradinho por todos encaminhamentos e serviços prestados, às equipes médicas, às pessoas que contribuíram compartilhando a campanha de doação pelas redes sociais, amigos e familiares. “Sou a prova viva de que a pessoa pode fazer o bem sem olhar para quem. Muitos foram doar para mim, mas acabaram beneficiando outras pessoas”, frisou Dionatan.

LEIA TAMBÉM: Após apelo, estoque do banco de sangue volta a normalizar em Santa Cruz

Sobre a doação de sangue

• O que é preciso para doar sangue, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES): ter idade entre 16 e 69* anos (menores de 18 anos deverão estar acompanhados pelos pais ou por responsável legal); pesar no mínimo 50 quilos com desconto de vestimentas; estar em boas condições de saúde; não estar em jejum e evitar alimentação gordurosa; ter dormido pelo menos 6 horas antes da doação; não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação; não fumar pelo menos duas horas antes da doação; apresentar documento oficial de identidade com foto.

Publicidade

*O limite de idade para a primeira doação é de 60 anos.

• São impedimentos temporários: gripe ou febre; gestantes ou mães que amamentam bebês com menos de 12 meses; até 90 dias após aborto ou parto normal e até 180 dias após cesariana; tatuagem ou acupuntura nos últimos 12 meses; exposição à situação de risco para a AIDS (múltiplos parceiros sexuais, ter parceiros usuários de drogas); herpes labial. Outros critérios que impedem a doação serão verificados por ocasião da entrevista de triagem.

• São impedimentos definitivos: Doença de Chagas; Hepatite após os 11 anos de idade; ser portador dos vírus HIV (AIDS), HCV (Hepatite C), HBC (Hepatite B), HTLV; uso de drogas injetáveis.

Publicidade

• As etapas da doação consistem de: cadastro, pré-triagem, triagem clínica, coleta de sangue e hidratação.

• Intervalos entre doações: Mulheres – período de 90 dias/máximo de 3 doações nos últimos 12 meses. Homens – período de 60 dias/máximo de 4 doações nos últimos 12 meses.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual da Saúde, os doadores de sangue podem realizar a doação em qualquer hemocentro do Estado ou nos núcleos hemoterápicos dos hospitais. No Estado são mais de 30 pontos de coleta de sangue. Devido a pandemia, os estoques se encontram abaixo do ideal.

Sobre a logística de distribuição, os hospitais que não possuem serviços de coleta de sangue recebem hemocomponentes dos serviços hemoterápicos e hemocentros mais próximos da sua localidade. Considerando a complexidade da produção de hemocomponentes e possibilidade de transporte dos mesmos com toda a segurança, não é necessário que todos os hospitais tenham coleta de sangue.

LEIA TAMBÉM: Detecção precoce eleva as chances de cura da leucemia

ads9 Advertising

© 2021 Gazeta