Após cair até a casa dos R$ 2,98, o dólar inverteu a tendência e fechou em alta nesta quarta-feira, 13, acompanhando uma recuperação dos rendimentos de títulos do Tesouro dos Estados Unidos. A moeda comercial, usada no comércio exterior, se valorizou 0,69% sobre o real, cotado em R$ 3,038 na venda. Já o dólar à vista, referência no mercado financeiro, cedeu 0,1%, para R$ 3,021.
“A alta no rendimento dos títulos do Tesouro americano motiva a saída de recursos dos emergentes de volta para os EUA, já que esses papéis são considerados de baixíssimo risco, o que os tornam mais atraentes que aplicações em mercados emergentes”, diz Tarcisio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista.
A moeda americana havia começado o dia em baixa principalmente pela divulgação de um indicador que mostrou desaquecimento das vendas no varejo dos Estados Unidos em abril, alimentando a perspectiva de que o juro básico daquele país pode demorar mais para começar a subir, retardando uma fuga de recursos dos mercados emergentes.
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“A quebra da barreira psicológica de R$ 3 também pode ter motivado compras pontuais de dólares por grandes ‘players’ do mercado, o que impulsionou a cotação para cima. Isso porque o mercado sabe que, se a moeda americana cair para muito menos desse patamar, o Banco Central deve reduzir suas intervenções no câmbio, assim como fez no início deste mês”, completou Rodrigues.
Nesta quarta, a autoridade monetária brasileira rolou para 2016 os vencimentos de 8,1 mil contratos que estavam previstos para o início de junho em um leilão que movimentou US$ 393,8 milhões. A operação é equivalente à venda futura de dólares. Se mantiver esse ritmo até o final de maio, o BC rolará apenas 80% do lote total de contratos de swap com vencimento no início do próximo mês, que corresponde a US$ 9,656 bilhões
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