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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

E o final de ano ficou a perigo

A sociedade suportou bravamente, ao longo de todo o ano, a sucessão de notícias negativas com impacto na economia. Desde março, quando os primeiros efeitos da pandemia se presentificaram no país, eventos e mais eventos foram cancelados. Na região, bastaria lembrar da Expoagro Afubra, da Oktoberfest, do Enart e das inúmeras festividades nos municípios. Mas tudo por um motivo maior, enfatizado pelas autoridades. E tomadores de decisão, gestores de entidades, empresas e lojas assimilaram, por vezes com angústia, que isso era necessário: pelo bem de todos, pelo bem da saúde coletiva, e para evitar mais perdas de vidas.

Agora, impõe-se a indigesta questão: todo esse esforço de um ano inteiro para conter o coronavírus de certo modo foi colocado por terra por conta da movimentação política. Na verdade, quase todos os gestores compreenderam a gravidade da situação e o risco que medidas afoitas teriam sobre o bem-estar da sociedade.

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As pessoas foram obrigadas a votar do mesmo modo como haviam sido forçadas a se manterem em isolamento. O resultado está aí: aumento drástico de casos de Covid-19, e o Estado inteiro em bandeira vermelha. Quando se esperava que a resiliência ao longo de todo o ano para conter um inimigo sorrateiro seria compensada com um final de ano menos tenso, o cenário é exatamente o contrário. Ocorre que outro personagem entrou em cena: o vírus político. Que, para completa ironia, não poupou nem eleitos de serem infectados pela Covid-19 e pararem no hospital.

Fica a indagação: de que adiantou à sociedade suportar todo um ano de restrições para chegar à véspera do Natal e talvez nem reconhecer o Papai Noel, porque estará escondido atrás da máscara? Só mesmo a barba mais longa poderá revelá-lo, uma barba nem de perto tão longa como precisa ser a paciência do brasileiro.

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