O Conselho de Administração da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) deve definir os novos valores das tarifas nas 14 praças de pedágio da estatal na próxima sexta-feira. O aumento é justificado pela defasagem de 81% a 88,7%, segundo cálculos da companhia em relação à reposição da inflação medida pelo IPCA. Apesar do colegiado formado por seis integrantes ser autônomo, o governador José Ivo Sartori e o secretário de Transportes, Pedro Westphalen, serão comunicados da decisão.
De acordo com o presidente do conselho, Humberto Brandão Canuso, o reajuste vai levar em conta o potencial de arrecadação (fluxo de veículos) e a necessidade de investimentos. “Cada rodovia tem a sua realidade, por isso, a tarifa não será única”, adianta. Canuso afirma que haverá um acréscimo gradual. A direção da EGR trabalha em um plano de recomposição tarifária gradativa, de cinco anos. Ao final desse período, a tarifa básica de R$ 5,20, cobrada na maioria das praças, passaria a R$ 9,50. Conforme já havia sido divulgado pela Gazeta do Sul, o primeiro reajuste deve entrar em vigor até dezembro.
Na semana passada, o presidente da estatal, Nelson Lídio Nunes, revelou em entrevista à Rádio Gazeta que há um projeto de reestruturação da RSC-287. Os investimentos, que girariam em torno de R$ 150 milhões, acabariam com os frequentes problemas na rodovia. Embora haja a necessidade das melhorias, Canuso diz que elas não terão grande impacto no reajuste estudado. “Para esse projeto na 287, está se fazendo a captação de recursos por meio de empréstimo, o qual será pago ao longo do tempo com as tarifas de pedágio. É impossível fazer essa cobrança a curto prazo porque seria muito alta”, garante.
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A maior parte das verbas arrecadadas com as tarifas de pedágio é usada para tapar buracos, manter a operação nas praças e bancar serviços terceirizados, como ambulâncias e guinchos. Em 2016, sobraram só 11,4% da receita líquida de R$ 169,5 milhões para investimentos.
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