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Elis Regina, 40 anos depois de sua morte, vai ser tema de três grandes projetos

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Três grandes projetos sobre Elis Regina, com potencial para recolocarem o nome da cantora em destaque com frescor e ineditismo, estão na esteira para serem lançados entre o segundo semestre deste ano e o começo de 2023. Uma época escolhida não por acaso. No próximo dia 19 de janeiro, quarta, serão completados 40 anos desde a morte da cantora. “Quarenta anos de morte não, de saudade de Elis”, prefere dizer seu filho, João Marcello Bôscoli.

Dois dos produtos são ligados ao audiovisual: um documentário em três episódios, a ser lançado pela HBO, vai levar o nome de Elis por João, com imagens de programas, shows e entrevistas que Elis concedeu para emissoras de vários países. O produtor é Marcelo Braga e direção ficou com Lea Van Steen. A progressão das cenas terá um eixo cronológico e baseado na narrativa muitas vezes emocionada de João Marcello. Imagens de Elis conseguidas por Braga a mostram em aparições nas TVs de países como Bélgica, França, Portugal, México e Alemanha.

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E a terceira empreitada, em uma frente inédita para os fãs da cantora, trata-se da criação do personagem Elis para história em quadrinhos, desenvolvida pelo desenhista Gustavo Duarte, 44 anos, um dos mais respeitados quadrinistas e cartunistas brasileiros, com trabalhos realizados para os estúdios internacionais Marvel e DC Comics.

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A história de Elis, diz Gustavo, não será pensada para conversar só com as crianças, apesar de serem elas o primeiro alvo. A fantasia terá como gatilhos fatos conhecidos da história. A cantora criança está em 1955 ouvindo discos na sala de sua casa, em Porto Alegre, quando recebe a visita de um pássaro falante. Elis se encanta e conta ao amigo novo que, apesar de ser uma atração conhecida no programa Clube do Guri, da Rádio Farroupilha, é apenas uma menina, e o pássaro responde: mesmo sendo Elis uma criança, sua voz já encanta milhares de pessoas.

E mais: no mundo de onde ele vem, música é o que mantém tudo em harmonia. Então, o pássaro convida Elis a conhecer este mundo e a conduz por um portal, abrindo a tampa do toca-discos. Elis, a partir daí, viaja por passagens curiosas, como a que encontra em uma esquina de Belo Horizonte um garoto negro de boina, Milton Nascimento, e se assusta quando os abutres, os militares que tomam o País com o golpe de 64, prendem uma alienígena que, na verdade, é uma cantora famosa a ser libertada pela pequena Elis: Rita Lee. “É uma história para que adultos e crianças que não saibam de Elis possam também entender que esse personagem e esse mundo fantástico existiram”, diz Gustavo.

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ELIS & TOM. Em 1974, Roberto de Oliveira sentiu que deveria registrar o momento histórico que iria testemunhar como produtor Depois de ajudar a costurar o encontro entre Elis e Tom Jobim em um estúdio nos Estados Unidos, onde o álbum Elis & Tom seria gravado para, de fato, não sair mais da História, ligou para dois brasileiros que trabalhavam com cinema por lá, Jom Tob Azulay e Fernando Duarte, e montou uma equipe para registrar os bastidores da gravação. Mas, ao contrário do que o mundo conheceu recentemente com o excepcional Get Back, de Peter Jackson, aquele não era um projeto voltado para as câmeras.

“O que importava ali era o álbum. Quando entrávamos no estúdio com o equipamento, tínhamos de ter muita discrição”, conta Roberto. Assim sendo, Elis, Tom e os músicos são flagrados discutindo sobre os arranjos das músicas, às vezes com alguma tensão (isso no início, quando Tom ficou ressabiado ao saber que Cesar Camargo Mariano seria o arranjador) e diversão (o que é, talvez, um dos aspectos mais saborosos do material). “Ninguém ali estava preocupado com as câmeras”, conta Roberto.

Sobre uma segunda menção, quando lembrado de que o filme de Peter Jackson mostra o parto ao vivo da música Get Back, saindo de Paul McCartney aos poucos e fazendo o espectador torcer para que ele encontre a nota que, evidentemente, logo iria encontrar, Roberto diz: “Ah, essa sensação existe por várias vezes no filme de Elis e Tom também”. Em uma delas, antes de cantarem Chovendo na Roseira, Tom fala para Elis algo como: “Vamos descontrair, ficar mais soltos. Não quero cantar igual ao Tom Jobim”. Uma constatação que Roberto de Oliveira pode adiantar: “Todo o disco saiu exatamente como Tom Jobim queria”.

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