A atenção de todo o país se volta para o Senado durante o julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na edição deste final de semana, a Gazeta do Sul conversou com o Pedro Simon sobre o caso. Na estrevista exclusiva, o ex-senador gaúcho comentou como votaria se ainda fizesse parte do senado e comparou o processo de Dilma com o afastamento de Collor.
Gazeta do Sul – Se o senhor ainda fosse senador, como votaria hoje quanto ao processo de impeachment de Dilma?
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Gazeta – Os contrários ao impeachment afirmam que se trata de um golpe parlamentar. O senhor concorda?
Simon – Claro que não. A nossa democracia prevê o afastamento do presidente em condições especiais e essas condições infelizmente estão acontecendo. Este é um processo absolutamente transparente.
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Simon – Eu sou obrigado a reconhecer: comparado com a Dilma, o processo do Collor poderia ter sido julgado pelo juizado de pequenas causas. As provas de fatos concretos que conseguimos em relação ao Collor foi que ele comprou com cheque frio do PC Farias uma caminhonete lá em Curitiba e que o motorista pagava todas as contas da reforma da casa dele e as despesas da mulher dele com esses cheques frios. Agora são milhões, todos os processos ilícitos que se possa imaginar foram praticados.
Gazeta – Se o impeachment for aprovado, o que Michel Temer precisa fazer para que o País saia melhor deste processo?
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Gazeta – Até agora, como interino, o senhor acha que Temer está no caminho certo ou não?
Simon – Ele está esperando a decisão do Senado. Na minha opinião, fez uma coisa errada quando nomeou ministros que estavam comprometidos no processo da Lava Lato mas também teve a humildade de demitir na mesma hora em que foi levantada a questão.
Gazeta – Que cenário o senhor vislumbra para 2018?
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Simon –Na minha visão otimista eu vejo um brasil diferente, onde esse quadro negro de terror desaparece e vai haver renovação no fazer política. Onde vai terminar o Brasil como país da impunidade. A linha Lava-Lato vem para ficar e a gente vai saber que quem faz corrupção – seja político, milionário ou o que for – vai pra cadeia. Se essas mudanças vierem para ficar, vamos caminhar pro futuro.