Passa ano, entra ano e a história é a mesma na ERS-403. Pela rodovia, mais do que motoristas e moradores inconformados, é possível encontrar um cenário que requer uma dose extra de paciência. Se nas telinhas algumas tramas fazem sucesso, no trecho entre Rio Pardo e Cachoeira do Sul a novela já passou da hora de entrar para a reta final. O caminhoneiro Rafael Barroso Castagnino, de 28 anos, que o diga.
O cachoeirense, que atua no transporte de gado há um ano no trecho, chega a fazer de três a quatro viagens por dia. O número inclusive poderia ser maior, se as condições de trafegabilidade fossem melhores. “Hoje eu levo duas horas, saindo da localidade de Passo do Adão até Bexiga [67,5 quilômetros]. Se a estrada estivesse melhor, eu poderia fazer em uma hora e 30 minutos. Com essa economia de tempo, daria para transportar uma carga a mais.”
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Em alguns trechos da estrada de chão, Rafael precisa trafegar a 15 quilômetros por hora, devido aos buracos. “A estrada é péssima. É difícil finalizar uma viagem sem que tenha algum problema no caminhão. É pneu, amortecedor…” Apesar de apresentar cerca de 11 quilômetros sem asfalto, e das obras em andamento, ele não se mostra muito otimista quanto ao futuro. “Em um ano, não conseguiram asfaltar esse pedaço. Acho que vão levar mais uns dois para concluir tudo.”
A obra do asfaltamento da ERS-403 já entrou para o rol das lendas da região. Sua conclusão é aguardada há mais de 30 anos pela comunidade, e a promessa já passa de meio século. No início de janeiro deste ano, a Gazeta do Sul publicou reportagem sobre a situação do trecho, que é alternativa à RSC-287 para seguir de Rio Pardo a Cachoeira do Sul, ou vice-versa. Hoje, em torno de 11 quilômetros ainda precisam ser asfaltados para que as intervenções sejam, enfim, concluídas. A data de finalização, no entanto, continua sendo um mistério que passa de geração para geração.
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O caminhoneiro Rafael Barroso Castagnino ainda não era nem nascido quando as obras tiveram início na ERS-403. São mais de 30 anos de espera que testam os ânimos de quem precisa trafegar pela rodovia diariamente. Segundo informações enviadas pela assessoria de imprensa do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), “as obras no lote 1 estão em andamento, em ritmo normal”.
No total, no lote 1, da entrada de Cachoeira do Sul em direção a Rio Pardo, 15 quilômetros de asfalto estão concluídos. Além disso, 1,5 quilômetro já conta com sub-base, e a base está sendo executada nesse mesmo trecho. Outros 4 quilômetros estão na etapa de terraplenagem. Conforme o Daer, a previsão é de que esse lote seja concluído no segundo semestre deste ano.
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Já o lote 2, entre a cidade de Rio Pardo e a localidade de Bexiga, teve o contrato com a construtora rescindido. A próxima colocada na licitação será chamada, em breve, para a execução. No total, o Estado já investiu mais de R$ 38 milhões na pavimentação da ERS-403.
Conforme já noticiado pela Gazeta, em novembro de 2024 o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou à Prefeitura de Cachoeira do Sul que fechará a Ponte do Fandango, sobre a BR-153, entre setembro próximo e janeiro de 2026. Apesar de novo questionamento sobre a confirmação do período de interdição, a informação não foi repassada pelo órgão.
Segundo o Dnit, as obras na ponte englobam a elaboração de projetos básico e executivo de engenharia, a reabilitação dos viadutos de acesso e a passarela treliçada paralela à estrutura, com previsão de conclusão para 2026. Para tanto, durante algumas etapas do trabalho será preciso interromper totalmente o trânsito. Com isso, a rota mais curta para caminhões e carretas que precisam sair de Cachoeira e acessar a BR-290 é percorrer a ERS-403 até Rio Pardo e seguir viagem até Pantano Grande.
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Quando isso ocorrer, a expectativa é de que o trânsito de veículos pesados aumente de maneira expressiva na ERS-403, sobretudo nos períodos de safra da soja e arroz, os principais produtos agrícolas do município.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), as obras de recuperação emergencial da ponte sobre o Rio Jacuí, no quilômetro 171 da BR-471, em Rio Pardo, estão na fase de reforço e alargamento da infraestrutura, com execução completa de 40 estacas escavadas e dois blocos concluídos. Assim, chega-se a 10% da obra realizada. A previsão de conclusão dos serviços é 2026.
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A seguir, confira o cenário atual da reforma da Ponte do Fandango, em Cachoeira do Sul, conforme informações encaminhadas pela assessoria de imprensa do Dnit:
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