O cenário do Lago Dourado, em Santa Cruz do Sul, começa a mudar. A recuperação de forma parcial acontece desde que foram registradas as precipitações mais fortes na região, no começo da semana passada. Somente nessa quinta-feira, foram 66,6 milímetros de chuva, o que contribuiu para que o nível do reservatório passasse de 2,62 para 2,75 metros. O aumento foi de 13 centímetros.
O superintendente regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), José Roberto Epstein, explicou que a mudança não é uma consequência somente do reflexo da chuva, mas do sistema de bombeamento de captação que está ligado ao Rio Pardinho. “Em dez dias, desde que as primeiras precipitações tiveram início, o nível do lago, que estava em 2,3 metros, subiu 43 centímetros. A captação através das bombas também foi decisiva”, disse.
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Sem ainda conhecer o acumulado do volume de chuva nos municípios de Gramado Xavier e Sinimbu, região que contribui para o abastecimento do rio, Epstein garantiu que a chuva foi significativa.
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Com base em prognóstico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, ele avalia a possibilidade de uma nova estiagem no início do próximo verão, em níveis bem mais acentuados que a registrada recentemente. A Corsan, de forma preventiva, executa diversas ações para garantir o abastecimento também neste período.
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Conforme o professor de Agrometeorologia Marcelino Hoppe, o volume de chuva é mais do que a média prevista para todo o mês, que fica em cerca de 120 a 150 mm. “Está acima dos 120 milímetros além do que evaporou, e o solo já começa a se recuperar.” No ano passado, o volume registrado foi de 264,1 milímetros, sendo o maior registrado para o período desde o ano de 2004. O recorde geral para o mês foi o de 1941, quando obteve o patamar de 403,8 milímetros. Na ocasião, uma grande enchente atingiu a cidade.
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Poços artesianos estão montados e aptos
Três poços artesianos – um em Rio Pardinho e dois nas proximidades do Lago Dourado – estão montados e aptos a funcionar. No entanto, o superintendente regional da Corsan, José Roberto Epstein, afirmou que eles deverão operar somente caso houver necessidade. “O gasto energético deles para aproveitamento é somente para uma situação de crise ou de emergência. A chuva possibilitou a mudança do cenário e das condições de operar”, disse. Um quarto poço, que seria instalado na Várzea, não chegou a ser perfurado, devido às condições climáticas, que impossibilitaram a máquina de operar.
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