Fomos treinados para buscar segurança, garantia, para evitar o erro, o risco e desejar uma vida tranquila. O erro era ligado à incompetência, a desperdício, a fracasso. Ao longo do tempo descobrimos que o fracasso está no caminho do sucesso, e que o medo faz parte do paradigma da escassez, que nos faz acreditar que “não tem” para todo mundo, então tememos alguma coisa ou tememos não encontrar um lugar de relevância no mundo. O novo mundo, que começa agora com a era digital, testa o modelo da abundância, que diz que “tem para todo mundo”, então podemos compartilhar, doar, arriscar. Fracasso virou sinônimo de sucesso, estão aí as startups para provar isso.
Os jovens da minha época viviam atormentados na hora de escolher uma universidade. E se não for isso, e se não der certo, e se eu não tiver sucesso ou aprovação dos pais e da sociedade. Quero ser referência, quero ser bem-sucedido, e isso significava ter coisas, posições e status. Pois bem, a liberdade chegou. O jovem atual não escolherá universidade, ele fará micrograduações de acordo com a necessidade, terá mais de cinco carreiras durante a vida e mais de um trabalho ao mesmo tempo. Será livre, autêntico, responsável, relevante.
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Nas grandes capitais e mesmo no interior do Brasil, muitos já são os trabalhadores livres, os free workers. Trabalham de qualquer lugar, estão conectados, são responsáveis, entregam mais que o esperado, compõem sua renda. Abrem mão de direitos que viciam, de trabalhos que aprisionam a criatividade, de rotinas que não passam de caos disfarçado de trabalho.
Têm valores morais, éticos, sociais. Apreciam a família, sua vida, o mundo. Desejam o melhor para si e para os outros. Não jogam lixo no chão, pagam seus impostos, deixam a casa dos pais para construir sua vida. Liberdade com responsabilidade.
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