Com mais acesso à tecnologia, os consumidores estão ampliando os empréstimos tomados via aplicativos de celular ou tablet, segundo levantamento da Folha de S.Paulo com os cinco maiores bancos do país. Muito se deve à facilidade desse tipo de operação, que pode ser feita em poucos segundos, ao toque dos dedos. Mas consultores financeiros dizem que é preciso tomar cuidado para a praticidade não virar uma armadilha.
O volume de crédito contratado por este meio no Banco do Brasil já ultrapassou R$ 450 milhões nos cinco primeiros meses de 2015. A cifra é maior do que o total registrado no ano passado, R$ 360 milhões. No Bradesco, foram R$ 423,3 milhões em empréstimos concedidos via aplicativo entre janeiro e maio, pouco menos que os R$ 498 milhões de todo 2014. Maior banco privado do país, o Itaú teve crescimento de 113% no volume de crédito contratado via ‘mobile’ [móvel, em aplicativo] entre os cinco primeiros meses de 2015 e igual período do ano anterior.
O Santander Brasil informou que a alta foi de 290% na comparação entre abril de 2015 e o mesmo mês de 2014 -os dados mais recentes disponíveis. O Itaú e o Santander não divulgaram cifras por considerarem os dados como ‘informações estratégicas’. Procurada, a Caixa Econômica Federal não enviou as informações até a publicação deste texto. ‘É uma tendência global. Os consumidores estão preferindo ter cada vez mais contato virtual com os bancos do que presencial’, diz o consultor de investimentos Marcelo D’Agosto.
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Em 2014, a telefonia móvel respondeu por 10% das transações bancárias no país, o dobro da participação verificada no ano anterior, segundo dados do Banco Central. O acesso remoto a serviços bancários, incluindo também outras formas de uso de internet banking, foi responsável por metade das transações em 2014.
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