Encontro de motorhomes movimenta o Parque da Oktoberfest

Aqueles que apreciam histórias de viajantes não podem deixar de passar pelo Parque da Oktoberfest ao longo desta semana. Desde a última sexta-feira, 28, aliás, já é possível ver a movimentação. No espaço, acomodam-se os participantes do 4º Encontro do Rancho Móvel. A programação, que segue até o próximo domingo e contempla a 22ª Olimpíada do Rancho Móvel, espera reunir mais de 150 veículos.

Secretário da Associação Gaúcha de Proprietários de Veículos de Recreação, que promove a atividade, Érico Schneider foi o primeiro a chegar. “Geralmente realizávamos o encontro envolvendo o fim de semana de Dia dos Pais. Mas, neste ano, a pedido dos participantes, decidimos antecipar”, explica. A programação inclui atividades esportivas (pingue-pongue, xadrez, canastra, futsal, bocha, bilhar e vôlei); passeios pela cidade; jantares e bailes de confraternização e concurso de coquetéis e caipiras, entre outros.

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Envolvido na organização das atividades, o caravanista também procura dar continuidade aos planos dele e da mulher, falecida há cerca de 30 dias devido ao câncer. “Nós tínhamos planos de ir para o Chile e de viajar pelo Nordeste. Ela pediu que eu ainda fizesse essas viagens. Meu plano é continuar esse sonho dos dois”, disse.

Movidos pela liberdade

“Isso aqui são férias.” É assim que Nelsi Schmidt Fürst resume o dia a dia sobre rodas. Em Santa Cruz, assim como nos demais destinos, ela acompanha o marido Veloir Dirceu Fürst, que completa 70 anos nesta terça-feira, 1º. Mais do que brindar um novo ano, o procurador aposentado celebra a sensação de liberdade a bordo do motorhome. “Não sei ficar dentro de casa. Não consigo mais me imaginar viajando de carro. É um horizonte que se amplia”, afirma o morador de Três Passos.

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A bordo do clássico Itapoã Aconcágua 900, João Balduíno Hoff, de 71 anos, viaja com a esposa Nadir Maria Hoff, de 68, e a cachorrinha Layka, de 12 anos. A família toda, por sinal, acompanha: na porta do veículo a dupla estampou fotos dos filhos, netos, genro e nora. Há seis anos residindo em Piracicaba, São Paulo, eles seguem “usufruindo a liberdade”, como diz o contador aposentado.

“Tinhamos o costume de acampar. Depois tivemos um trailer. Assim fomos evoluindo. O importante é viver a vida enquanto se tem saúde”, ressalta João, que também acumula passagens pela vida pública. Há quatro meses na estrada, o casal veio de Penha, em Santa Catarina. Depois, segue a Santa Maria, com passagens previstas por São Paulo das Missões e Tupandi. Depois? É a estrada da vida que vai dizer.

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