Educação

Encontro em Santa Cruz qualifica educadores para atendimento de estudantes com autismo

“A inclusão acontece quando vislumbramos o brilho das estrelas em cada ser, em vez de suas sombras.” A frase foi estampada na entrada do auditório central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), que nessa quarta-feira, 29, recebeu o 1º Seminário Regional de Profissionais da Educação Especial e Supervisores Escolares – Acolher é Desenvolver: construindo estratégias e saberes para o atendimento inclusivo às pessoas com TEA.

O evento contou com palestras de especialistas, buscando fortalecer a rede de profissionais que atua na inclusão educacional e social de estudantes com autismo. A iniciativa foi realizada pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), por meio do Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo (Centro TEA), com a parceria da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE). 

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Conforme a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, o evento teve por objetivo trabalhar junto aos educadores a inclusão, o desenvolvimento de ações e o manejo de pessoas com autismo. Ela destacou o conteúdo das palestras, que abordaram assuntos como a rede de assistência regional, o uso de telas pelas crianças e o autismo na escola. 

Léa ressaltou que a parceria entre educação, saúde e assistência social é fundamental para o acolhimento e o desenvolvimento das pessoas com autismo. Segundo ela, o programa TEAcolhe busca aproximar essas redes e promover o diálogo entre os setores.

“As três políticas precisam estar em sintonia para que possamos tratar, acompanhar e desenvolver ações públicas efetivas em prol das pessoas com autismo”, salientou.

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Léa destacou o programa TEAcolhe | Foto: Lavignea Witt

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O líder da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, disse que o seminário teve como foco fortalecer a parceria entre a coordenadoria e o Centro TEA. Segundo ele, o encontro representou uma oportunidade de aprendizado e integração entre os educadores que atuam na área. “O objetivo é capacitar os profissionais para identificar as barreiras de aprendizagem, propondo ações a fim de melhorar a prática em educação especial”, explicou Moura. 

Ele espera que o evento resulte em um público mais qualificado e preparado para adaptar metodologias e estratégias de ensino, garantindo que cada estudante receba o suporte adequado. “Esperamos que esse seja o primeiro de muitos encontros, porque quem ganha com isso são os estudantes, as famílias e a escola.”

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Apesar da rede de apoio, desafios ainda persistem

O evento recebeu participações da região, como a professora de educação especial da Prefeitura de Vale do Sol, Valquiria Inês Scota, de 58 anos. Atuando há 20 anos na área, ela afirma estar satisfeita em ver a criação de um espaço voltado à troca de experiências e aprimoramento do atendimento a alunos com autismo e outras deficiências. “Finalmente existe uma rede para ajudar a nós, professores.”

No entanto, a educadora apontou que ainda há desafios na área, especialmente a falta de profissionais nas escolas e a necessidade de aumento da orientação técnica, visando um atendimento mais completo. “Precisamos de mais psicólogos, assistentes sociais e profissionais da saúde dentro das escolas”, observou.

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Valquiria: “Finalmente existe uma rede para ajudar a nós, professores” | Foto: Lavignea Witt

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Lavignea Witt

Me chamo Lavignea Witt, tenho 25 anos e sou natural de Santiago, mas moro atualmente em Santa Cruz do Sul. Sou jornalista formada pela Universidade Franciscana (UFN), pós-graduada em Jornalismo Digital e repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações.

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Lavignea Witt

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