Equipes de resgate retomaram neste domingo as buscas por pessoas desaparecidas em Mocoa, na Colômbia, após uma avalanche de água, lama e detritos causada pelo transbordamento de rios ter deixado pelo menos 200 pessoas mortas e várias outras feridas e desabrigadas na pequena cidade. Pessoas reviravam pedras e tábuas de madeira que antes eram casas. As ruas estavam cobertas com areia grossa, lama e galhos de árvores dos rios e da floresta que fica em volta da cidade. Não havia eletricidade e a água potável era escassa, o que forçou autoridades a suspender as buscas durante a noite.
A Agência Nacional de Desastres disse que 200 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas. Autoridades admitiram, porém, que o número total de mortos pode aumentar, já que muitas pessoas continuavam desaparecidas e dezenas de feridos foram levados de helicóptero para hospitais em outras cidades e estavam em estado crítico. Os corpos estavam sendo levados para um necrotério temporário, onde três equipes trabalhavam continuamente para identificá-los.
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O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, viajou para Mocoa no sábado e declarou a cidade uma zona de desastre. Ele atribuiu a avalanche ao clima atípico, dizendo que choveu em apenas uma noite quase metade do previsto para todo o mês de março.
Este é um dos piores desastres naturais na história recente da Colômbia, embora o país tenha enfrentado catástrofes naturais mais devastadoras. Em 1985, quase 25 mil pessoas morreram quando o vulcão Nevado del Ruiz entrou em erupção e provocou uma inundação de lama e detritos que cobriu a cidade de Armero. Neste domingo, o papa Francisco disse que estava rezando pelas vítimas na Colômbia e agradeceu aqueles que estavam trabalhando nos esforços de resgate.
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