Hoje tenho a certeza de que os gostos musicais do meu pai influenciaram totalmente os meus. E que bom que foi assim. Os anos de 1970, 80 e 90 foram primordiais para a indústria da música como um todo. A qualidade, estilos, novas técnicas e grandes vozes fomentaram a base para o que consumimos até hoje. Queen, explosão e vocal incomparável de Freddie Mercury. Mariah Carey, whistle inconfundível. Céline Dion, sem palavras.
Mas e ele, o Rei do Rock? Precursor! A voz estridente, a personalidade forte e o encanto de Elvis Presley realmente não morreram. E é a partir dele que tudo começa. Do despertar ao adormecer, a trilha sonora de casa perpassa de Suspicious Minds a Sweet Caroline. A presença do Rei está marcada muito além da música por lá, mas isso é papo para outro momento.
Lembro de detalhes tão corriqueiros, mas tão marcantes, como por exemplo em dias chuvosos pós-aula. Na época, 2007/2008, estudava à tarde no Ensino Fundamental. Ao término das aulas, eu e minha irmã aguardávamos nosso pai na saída dos fundos para irmos embora. Tratando-se de dias chuvosos, parece que tudo para, o trânsito, então, é terrível. Logo, o trajeto, quase de praxe, da escola até o mercado antes de ir para casa, ficava mais longo. A trilha sonora no carro, quando não era Rádio Gazeta AM 1180 (atual FM 107,9), claro que era Elvis. Uma lembrança tão simples, mas muito especial.
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Então, foi a partir do Rei que, ainda criança, comecei a buscar mais informações sobre os artistas da Era de Ouro. Conheci e me encantei por vários deles. Cher, Whitney Houston, Bryan Adams, Tina Turner, David Bowie, etc. Hoje, sei muito além de suas músicas, conheço a vida de cada um, assisti a diversos documentários, li biografias e assisti a inúmeros shows, acho que isso se deve ao lado jornalista também, excesso de curiosidade.
Entre esses, uma que ganhou meu coração é a icônica cantora galesa Bonnie Tyler. De voz rouca e vibrante, tem um lugar especial na minha lista das “melhores de todos os tempos”. Inclusive, tive o grande privilégio de vê-la bem de perto, em um espetáculo reverente no Auditório Araújo Vianna em Porto Alegre. Que honra, Bonnie! Sucesso atrás de sucesso. Certamente, mesmo aqueles que não a conhecem já ouviram Total Eclipse Of The Heart, por exemplo, um dos singles mais vendidos da história.
Enfim, o sentimento que tenho hoje, por todo esse conhecimento e prazer pela música das referentes décadas, é de gratidão. Por isso, obrigado, pai, por, além de tudo, ter um gosto musical tão sensacional!
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