ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

ERS-403: uma rodovia feita de promessas e muito barro

Dizer que a situação da ERS-403 é crítica já não é suficiente para transmitir a dimensão das más condições da rodovia. São incontáveis buracos e uma camada de lama digna de um rali, nos 26 quilômetros sem asfalto da estrada que liga Rio Pardo a Cachoeira do Sul. A expectativa agora é que se confirme o mais recente anúncio de retomada da pavimentação, feito no último dia 17.

Já são várias promessas de soluções não cumpridas. Em janeiro, o secretário estadual dos Transportes, Pedro Westphalen, anunciou que a pavimentação seria retomada, o que não aconteceu. A comunidade regional espera há três décadas a conclusão da obra, considerada essencial para impulsionar o desenvolvimento da região. A viagem entre Rio Pardo e Cachoeira via 403 é de 62 quilômetros. São 40 a menos do que a opção mais próxima em trecho totalmente asfaltado – pelas BRs 471, 290 e 153.

ads6 Advertising

Publicidade

Enquanto a obra não começa, motoristas vêm passando sufoco nestes dias de chuva. Entre os quilômetros 19 e 20, há uma série de buracos que impede que se ande a mais de 40 quilômetros por hora, exagerando. Já no quilômetro 24 existe um trecho de atoleiro, que exige atenção redobrada. Mais três quilômetros adiante a viagem se transforma em um verdadeiro rali.

Uma melhora pode ser observada no quilômetro 32, mas serve apenas de alento para o pior trecho, nos três quilômetros seguintes. Não há como passar sem que o carro patine. Exige muita perícia nas manobras.

ads7 Advertising

Publicidade

Obras

A 10ª Superintendência Regional do Daer, com sede em Cachoeira do Sul, informou que no lote 1 – entre Cachoeira e o entroncamento com a ERS–410 (que liga Candelária à localidade de Bexiga) – foram executados 17 quilômetros de obras pelo contrato anterior com a Brasília Guaíba e mais 1,8 quilômetro, nos anos 2014 e 2015, pela Conpasul. Ainda falta executar 1,8 quilômetro de tratamento superficial duplo com capa selante e todos os serviços de drenagem, terraplenagem e pavimentação nos 19,08 quilômetros restantes. No lote 2 (entre o entroncamento com a ERS–410 e Rio Pardo) foram executados 18,35 quilômetros mediante contrato com a Empa.

Publicidade


Régis Freire defende o uso de cascalho para amenizar o problema
Foto: Bruno Pedry

ads8 Advertising

Publicidade

“Passo todo dia aqui e quando chove, a situação piora. Fica mais esburacado e com toda essa lama”, afirma o prestador de serviços Alexandre Maciel. Empresas como a Cotriel e Trevisan Alimentos, localizadas ao longo da ERS-403, já pediram auxílio a autoridades, sem efeito.

ads9 Advertising

© 2021 Gazeta