A estação telemétrica que foi instalada no ano passado junto à barragem de captação do Lago Dourado, no Rio Pardinho, foi furtada. Importado da Finlândia, o equipamento auxiliava no monitoramento de rios e da quantidade de precipitações, para melhorar a tomada de decisões durante uma situação de cheia.
O geógrafo Sérgio Ferreira, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, é o responsável pela instalação e manutenção das estações telemétricas no Estado. Ao todo, são 180 equipamentos, que se comunicam via satélite, informando ao governo a movimentação pluviométrica nos mananciais gaúchos. “A estação de Santa Cruz havia sido conectada neste ano. Ela já estava em operação quando foi levada”, explicou.
O aparelho, importado da Finlândia, custa na faixa de US$ 12 mil, algo em torno de R$ 58,2 mil. A estação telemétrica mede o volume de chuva acumulado, assim como o nível do rio. Os dados são repassados via satélite para a Agência Nacional das Águas (ANA), em Brasília, que direciona as informações para os estados e os municípios. Se estivesse funcionando, a estação telemétrica geraria dados que podem ser recebidos no Smartphone, por meio de aplicativo. “Ela funcionava de forma autônoma, com baterias e luz solar”, reforçou Ferreira.
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O equipamento furtado era o segundo em funcionamento na região. Há quatro anos, em Sinimbu, foi instalada a primeira estação telemétrica na região. O trabalho de forma sincronizada entre Sinimbu e Rio Pardinho, no interior de Santa Cruz, é um importante auxílio no cálculo de cheia, para que a Defesa Civil projete ações para retirada de famílias ribeirinhas ou em situação de risco durante uma enchente do Rio Pardinho.
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Panke defende que seja feita uma campanha junto à comunidade, para que se consiga reaver o equipamento e seja providenciada a instalação. “Nós falamos com a Secretaria do Meio Ambiente e não há previsão de substituição. Precisamos encontrar este aparelho, que não tem valor comercial”, apela.
O superintendente da Companhia Riograndese de Saneamento (Corsan), José Roberto Ceolin Epstein, conta que a área onde estava instalado o equipamento é da companhia, mas não dispunha de vigilância armada durante 24 horas. “O custo de um serviço de vigilância deste porte fica em cerca de R$ 300 mil por ano. Em prédios da Corsan, nós temos utilizado sistemas de alarmes para garantir a segurança”, enfatizou.
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