Estado deve ter chuvas e tempestades a partir de sexta-feira; veja

O Rio Grande do Sul deve ser atingido por chuva volumosa, tempestades e vento muito forte na sexta-feira, 7, e sábado, 8. Existe alto risco de danos e transtornos, especialmente alagamentos e cortes de energia.

A Defesa Civil estadual emitiu um aviso sobre áreas com risco meteorológico e hidrológico para as datas, que ficarão em estado de atenção ou alerta em quase todo o Rio Grande do Sul. As tempestades severas podem ocorrer principalmente nas regiões Oeste, Missões, Noroeste, Centro e Norte do Estado, com possibilidade de chuvas intensas, rajadas de vento acima de 100 quilômetros por hora, queda de granizo e descargas elétricas.

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Os acumulados entre sexta e sábado devem ficar entre 80 e 120 milímetros nas regiões Oeste, Centro, Nordeste e Serra, podendo ultrapassar os 150 milímetros nas Missões, Noroeste e Norte. No restante do Estado, são esperados volumes de 30 a 80 milímetros. Em relação ao risco hidrológico, o Vale do Rio Pardo ficará em estado de alerta, com possibilidade de cheias em arroios e pequenos rios, assim como enxurradas em regiões de maior declividade. Em perímetros urbanos, podem ocorrer fortes alagamentos conforme a intensidade das chuvas. O risco maior se concentra nas regiões dos rios Caí e dos Sinos.

Segundo a Metsul Meteorologia, os indicadores apontam valores de pressão atmosférica reduzidos ao nível do mar abaixo de 1000 Hectopascal (hPa) no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. Os menores valores nos territórios gaúchos e catarinenses ocorrerão na sexta-feira e nas primeiras horas do sábado.

Valores de pressão abaixo de 1000 hPa, conforme a Metsul, não são comuns e costumam acompanhar instabilidade intensa, com risco acentuado de tempestades severas e vento. De acordo com alguns modelos, a pressão em alguns pontos do Sul do Brasil deve cair a marcas entre 990 e 993 hPa, valores que são extremamente baixos e incomuns.

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Para se ter uma ideia de quão baixa é uma pressão atmosférica de 990 hPa a 995 hPa, no Atlântico Norte já foram observados furacões e tempestade tropicais com pressões centrais nesses patamares, embora o sistema que atuará no final desta semana seja um ciclone extratropical e, portanto, muito distinto.

O ciclone apontado pelos modelos para a sexta e o sábado no Sul vai se originar a partir de uma área de baixa pressão em médios e altos níveis da atmosfera. Ela cruzará os Andes e avançará para a Argentina, onde vai gerar temporais fortes a severos em várias províncias no país vizinho entre o fim da tarde e noite da quinta e a madrugada e a manhã da sexta.

Conforme a Metsul, em seguida, a baixa pressão vai se aprofundar e começar a formar um ciclone. Esse processo, denominado de ciclogênese, vai se configurar na sexta-feira com a baixa pressão se intensificando muito sobre o Estado no decorrer do dia. Esse cenário deve provocar chuva intensa e volumosa, temporais fortes a severos e muito vento.

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Os dados preliminares, segundo a Metsul, apontam que a baixa pressão ingressaria no Rio Grande do Sul na manhã de sexta pelo Oeste e Noroeste, na região de São Borja. Depois deve cruzar a Metade Norte gaúcha no decorrer do dia, com o centro do sistema na altura de Porto Alegre e da Serra à tarde e na costa do Litoral Norte e do Sul de Santa Catarina à noite. A sexta-feira seria o dia mais crítico.

A grande maioria das simulações computadorizadas processadas pela MetSul, tanto dos modelos tradicionais como dos novos com inteligência artificial, estão indicando cenário muito semelhante. O quadro é de baixa pressão sobre o Rio Grande do Sul na sexta, com chuva localmente forte a intensa com altos volumes em curto período, temporais com granizo de variado tamanho, vendavais e ainda grande incidência de descargas atmosféricas.

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