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Estados podem assumir 14,5 mil quilômetros de estradas federais

Estados que atravessam crise financeira estão prestes a receber do governo federal mais uma fonte bilionária de gastos. A União pretende devolver a governadores milhares de quilômetros de rodovias federais que tinham sido incluídas em um antigo acordo que está perto de expirar. São 14,5 mil quilômetros de trechos pelo País, o equivalente a 19% da rede rodoviária federal.

Desde a década passada, o Ministério dos Transportes assumiu a responsabilidade sobre a conservação desses trechos. O acordo inclui trabalhos de recapeamento e pavimentação. A articulação pela devolução já começou. Os Estados mais afetados são alguns dos que possuem os maiores problemas de caixa: Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Só em Minas, que já tem a maior malha rodoviária do País, serão 6 mil quilômetros a mais para o Estado administrar.

O governo do Paraná estima que os quase mil km de rodovias representarão um gasto para o cofre estadual de ao menos R$ 200 milhões ao ano. Também afirma que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ficará responsável pela conservação de apenas 700 quilômetros no Estado. Os demais são explorados por concessionárias.

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Neste início de mandato, o governo paranaense, administrado por Beto Richa (PSDB), vem atrasando pagamentos, como despesas com fornecedores e até benefícios ao funcionalismo.
Enfrenta ainda uma crise após aprovação de uma lei na Assembleia que mudou o sistema previdenciário dos servidores do Estado. Contra a medida, professores protestaram em Curitiba e uma ação policial resultou em ao menos 180 pessoas feridas.

O Rio Grande do Sul, segundo Estado com mais trechos a receber, quase chegou ao ponto de parcelar o pagamento dos servidores em abril diante da crise de caixa.

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