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EUA pedem que Israel termine conflito com Estado palestino

A Casa Branca pediu nesta segunda-feira, 23, que o governo de Israel reavalie a postura e que termine o conflito com o Estado palestino. Em declarações hoje à tarde, o chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, pediu que o governo de Israel demonstre comprometimento com a solução pacífica para o conflito entre israelenses e palestinos.

“Os Estados Unidos estão gastando muita energia neste objetivo [paz entre os dois Estados]”, disse McDonough horas depois de o primeiro-ministro isralense Benjamin Netanyahu ter pedido desculpas sobre comentários que havia feito contra as minorias árabes-israelenses e também depois de Israel ter boicotado uma reunião do Conselho de Segurança na Organização das Nações Unidas em Genebra, que discutiu a ofensiva isralense e a ocupação na Faixa de Gaza.

“Já é hora de Israel terminar esta ocupação”, defendeu, referindo-se à ocupação isralense da Faixa de Gaza, que dura 50 anos. Nas declarações feitas à imprensa, o chefe de Gabinete disse que os Estados Unidos não podem ignorar os comentários de Netanyahu e pediu seriedade para com o tema.

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McDonough disse que a Casa Branca continua incomodada com os comentários feitos por Netanyahu na véspera da eleição em Israel, quando o premiê disse que não permitiria a criação de um Estado palestino enquanto estivesse no poder. “Não podemos simplesmente fingir que tais comentários nunca foram feitos”, acrescentou McDonough.

McDonough é um dos principais auxiliares do presidente dos EUA, Barack Obama. Ele disse que os Estados Unidos eram contrários à construção de assentamentos judeus em território reivindicado pelos palestinos, questão de grande sensibilidade nas negociações de paz para o Oriente Médio.

“Vamos continuar a nos opor às atividades de assentamento, pois isso prejudica os prospectos de paz”, afirmou. Ele frisou que o governo norte-americano não deixará de trabalhar por uma solução pacífica entre os dois Estados.

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Netanyahu tem feito declarações contraditórias sobre o Estado palestino. Antes das eleições de 17 de março, ele disse que era contrário à criação de um Estado para os palestinos, mas depois das eleições disse que não se opunha à ideia.

McDonough destacou que os palestinianos deveriam ter “o direito de viver num Estado soberano e de se governar a eles próprios”. Ele não fez nenhuma referência ao pedido de desculpas de Netanyahu hoje, mas falou horas depois do pedido de desculpas do premier israelense.

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