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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Ex-ministro da Fazenda reafirma legalidade em atos de Dilma

Atualizado às 16h19.

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, testemunha de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, disse neste sábado, 27, que a edição de decretos de créditos suplementares segue o mesmo esquema há mais de dez anos.

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Sobre a crise econômica que atingiu o país, o ex-ministro disse que a causa foi uma série de fatores externos e internos. Como exemplo ele citou a correção dos vários preços subsidiados. “O preço de commodities, queda do preço do petróleo, correção de preços administrados, cortes de gastos, paralisação política do Congresso com as pautas-bomba, a Lava Jato”, justificou.

Ainda segundo Barbosa, se não tivesse ocorrido a queda brusca de receita, por causa da falta de crescimento, a crise “não teria acontecido”.

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Com pelo menos 16 senadores inscritos, após um intervalo de cerca de uma hora para o almoço, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que conduz os trabalhos no julgamento do processo da impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, retomou, por volta das 14h20, a oitiva do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, arrolado como testemunha de defesa.

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Cada senador tem seis minutos para fazer perguntas e Barbosa, o mesmo tempo para responder. Ao final dos questionamentos dos parlamentares, os advogados Janaína Paschoal, de acusação, e José Eduardo Cardozo, de defesa, terão 10 minutos cada para inquir o ex-ministro. Com o plenário esvaziado desde o início da manhã, a expectativa é que, neste sábado, 27, os trabalhos sejam encerrados até o fim da tarde.

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Terceiro dia de julgamento

Após ouvir cinco depoimentos, o julgamento final do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff entra no seu terceiro dia com os depoimentos do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa e do professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi Ribeiro.

Os dois falam em defesa de Dilma; Barbosa como testemunha e Lodi Ribeiro como informante. Os depoimentos tiveram início às 10 horas. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento, acatou pedido de senadores contrários ao impeachment e aceitou o horário com a condição de que não haja pausa nos depoimentos para almoço, como ocorreu nos dias anteriores.

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Nesta sexta foram ouvidos o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o professor de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Geraldo Luiz Mascarenhas Prado e o ex-secretário-executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa. Antes, na quinta-feira, foram colhidos os depoimentos do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira e o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Antônio Carlos Costa D’Ávila Carvalho.

Uma das testemunhas de defesa, a ex-secretária de Orçamento Esther Dweck, foi dispensada pela defesa, após polêmica em torno da suspeição do procurador Júlio Marcelo, que de testemunha depôs como informante, depois que o advogado de defesa, José Eduardo Cardozo questionou a participação de Júlio Marcelo em uma manifestação pela rejeição das contas de Dilma, logo no primeiro dia.

No segundo dia do julgamento, a advogada de acusação Janaína Paschoal, que também é uma das autoras da denúncia que motivou o processo contra Dilma Rousseff, colocou em suspeição a ex-secretária de Orçamento sob o argumento de que a mesma foi nomeada assessora “por uma parlamentar que é uma das mais ferrenhas defensoras de Dilma”, no caso, a senadora Gleisi Hoffmann.

Dilma e Lula

Após o encerramento das oitivas das testemunhas, o julgamento final do impeachment terá, na segunda-feira, 29, o dia mais aguardado com a presença da presidenta afastada, Dilma Rousseff que enfrentará as perguntas dos senadores.

Dilma chegará acompanhada de ex-ministros, presidentes de partidos aliados, assessores diretos e pessoas próximas a ela, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Devem comparecer, por exemplo, os ex-ministros Aloízio Mercadante, Jaques Wagner, Patrus Ananias e Miguel Rosseto, dentre outros. Também estarão presentes os presidentes do PT, Rui Falcão, do PCdoB, Luciana Santos, e do PDT, Carlos Lupi.

Para acomodar o grupo, Renan reservou a sala de audiências da presidência do Senado e uma sala anexa com banheiro. Segundo Renan, dentro do plenário, a presidenta terá o direito de ser acompanhada por 20 pessoas e o mesmo número deverá ser garantido aos advogados de acusação, que também deverão levar convidados.

“Serão 20 pessoas. Nós vamos comprimir os jornalistas, que servirão, na prática, de separação [entre os dois grupos] e garantiremos ao outro lado o mesmo número de vagas que já garantimos para a presidenta”, informou o senador.

As restrições de espaço no plenário preocupam a direção da Casa. Os convidados de Dilma e da acusação não serão os únicos. Deputados, ex-parlamentares e assessores parlamentares também têm acesso ao plenário, o que pode provocar a superlotação do local. A imprensa, inclusive internacional, também ocupa espaço em tribuna reservada. Profissionais de imagem têm ocupado as galerias.

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