O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Hereda disse nesta quarta-feira, 26, em depoimento à Justiça Federal, ter sido pressionado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por não acelerar investimentos do banco em determinadas empresas.
Hereda afirmou que, em reunião com Cunha na Câmara, em 2014, o então deputado avisou que o convocaria a depor na CPI da Petrobras se projetos de seu interesse não recebessem financiamento com celeridade, antes dos referentes à estatal.
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Hereda depôs como testemunha em ação penal que apura suposto esquema de cobrança de propina de empresas, em troca da liberação de aportes do banco. Cunha e o também ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ambos atualmente presos, estão entre os réus.
Hereda não especificou em nome de quais empresas Cunha teria falado. Contou que o convite para a reunião partiu de Alves, que também estava presente à reunião.
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O depoimento foi feito por videoconferência à 10ª Vara em Brasília, na qual tramita a ação.