Com uma opinião bastante polêmica, como lhe é de costume, Max Mosley quer a criação de um teto orçamentário na Fórmula 1. Segundo o ex-presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), o limite técnico imposto às escuderias pelas atuais regras – como as exigências relacionadas ao motor e à segurança, por exemplo – é mais prejudicial do que um eventual controle de gastos.
“Eu consigo imaginar um futuro breve em que todos os times trabalhem sob a política de um teto orçamentário. Assim, eles perceberiam que com 100 milhões de dólares é possível ter um grande motor e carros de tecnologia avançada”, declarou Mosley, presidente da FIA entre 1993 e 2009, em entrevista à publicação alemã Auto Motor Und Sport.
Vale lembrar que já vigora, desde o dia 2 de dezembro de 2011, o Acordo de Restrição de Gastos (Resource Restriction Agreement, na sigla RRA) na Fórmula 1. Ainda assim, trata-se apenas de um pacto de cavalheiros na categoria, sem ligação direta com a FIA, e não tem valor para as escuderias não vinculadas à Formula One Teams Association (FOTA): Ferrari, HRT, Red Bull Racing, Sauber e Toro Rosso.
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O atual chefe da F1, no entanto, tem uma opinião diferente da de Mosley. Segundo Bernie Ecclestone, a categoria deveria resgatar “urgentemente” os motores V8 e os Kers (mecanismo de recuperação de energia cinética), como forma de reduzir os custos. Por outro lado, o diretor da Force India, Bob Fernley, acredita que tais tecnologias deveriam se restringir apenas às equipes menores, naturalmente desfavorecidas.
“Eu acho que é razoavelmente claro que o V6 híbrido é o tipo de motor escolhido pelos fabricantes”, disse Fernley ao site Autosport. “No entanto, olhando para uma igualdade entre motores, usando um V8 com Kers, que é muito mais acessível para as equipes independentes, talvez seja mais interessante”, comentou, em sintonia com Monisha Kaltenborn, chefe da Sauber.
“O elemento-chave nesta questão é a equidade entre as tecnologias, mas nós também temos que trazer os fãs para esta discussão. Não importa o que você pense sobre o barulho do motor V8 e o quanto isso é relevante. Qualquer sugestão trazida pelos fãs, que seja viável, deve ser escutada”, concluiu a primeira mulher a chefiar uma escuderia na Fórmula 1.
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