O porta-voz da Marinha Argentina, capitão de navio Enrique Balbi, afirmou nesta quinta-feira, 23, que recebeu a comunicação de que “houve um evento anômalo, singular, curto, violento e não nuclear, consistente com uma explosão” horas após a desaparição do submarino ARA San Juan na mesma região em que ele se encontrava.
O submarino desapareceu no último dia 15, com 44 pessoas a bordo. Uma megaoperação internacional continua buscando a embarcação, que manteve o ultimo contato há oito dias. Já as esperanças de encontrar alguém com vida são menores.
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Navios e aviões foram enviados para investigar a origem do barulho, 30 milhas ao norte do local onde o submarino estava.
Itati Leguizamon, esposa de um dos tripulantes, recebeu a noticia com raiva e indignação. “Estão quebrando tudo lá dentro”, disse, referindo-se ao local onde estavam reunidos os parentes dos 43 homens e a mulher que embarcaram no submarino. Ela criticou a falta de investimento público nas Forças Armadas e na renovação de equipamento. O submarino ARA San Juan foi construído na Alemanha em 1980 e recondicionado em 2014.
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Análise do ruído
As informações analisadas partiram dos Estados Unidos e da Áustria, país sede da Organização Internacional de Energia Atômica (OIEA), criada em 1957 para promover o uso pacífico e seguro de tecnologia nuclear. Segundo o embaixador argentino em Viena, Rafael Grossi (que é especialista em assuntos nucleares), existe uma rede internacional de sensores para monitorar testes nucleares e movimentos sísmicos. O ruído foi registrado tanto pela OIEA quanto pelos Estados Unidos.
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Segundo o porta-voz da Marinha, o governo argentino demorou a informar sobre a explosão porque esperava a confirmação da Áustria, que chegou na manhã de hoje (23). Essa avaliação foi comparada com informação do governo norte-americano, que também tinham captado um ruído. “Esse evento coincide com a informação que recebemos ontem dos Estados Unidos, que centralizaram a análise”, disse.
As buscas pelo submarino continuam. “Seis unidades estão varrendo a região para localizar o submarino. Até não ter certezas ou outros indícios, continuaremos com o esforço de busca. Não podemos fazer uma afirmação contundente”, completou Balbi.
*Com informações das agências Télam e EFE.
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