Nunca o fundamentalismo religioso foi tão letal como agora no planeta. É o que afirma o Relatório sobre Liberdade Religiosa no Mundo, divulgado nesta quinta-feira, 17, em Portugal, pela Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre), organização vinculada à Santa Sé que tem por objetivo apoiar projetos de cunho pastoral em países onde a Igreja Católica está em dificuldades.
Segundo o documento, a ameaça do Islamismo militante pode ser sentida em mais de 20% dos 196 países analisados. Ou seja, pelo menos um em cada cinco países viveram incidentes violentos, inspirados pela ideologia islâmica extremista, incluindo pelo menos cinco nações da Europa Ocidental e 17 da África.
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Entre os países analisados, 38 revelaram provas inequívocas de violações significativas da liberdade religiosa, 23 foram incluídos na categoria ‘perseguição’ e 15, na categoria ‘discriminação’.
Desde que o último relatório, publicado há dois anos, a situação da liberdade religiosa piorou claramente no caso de 14 países (37%), com 21 deles (55%) sem sinais de melhora. Apenas em três países (8%) a situação melhorou significativamente: no Butão, no Egito e no Catar.
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Para os autores do relatório, “a emergência deste hiper-extremismo, visível também em atos de pura selvageria, denota intenções genocidas, que já foram denunciadas pelas Nações Unidas e pelo parlamento de diversos países”.
Outra consequência do fundamentalismo religioso, segundo o documento, tem sido o enorme aumento do número de refugiados, atualmente estimados em cerca de 65,3 milhões, segundo a ONU.
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