A partir desta segunda-feira, 2, o usuário brasileiro terá mais opções de identificação de gênero no Facebook. Para além do “feminino” e “masculino”, também será possível identificar-se como “homem transsexual”, “travesti”, “mulher (trans)”, “crossgender”, “neutro” e “sem gênero”, em um total de 17 categorias.
O usuário que não se identificar com nenhuma das opções sugeridas poderá escrever sua própria identificação em uma caixa de texto. Outra novidade é a escolha do pronome que a rede usa para identificar o usuário (por exemplo, “Maria foi identificada em uma foto”). A pessoa poderá escolher se quer que o Facebook se refira a ela no masculino, feminino ou de modo neutro.
Uma mudança semelhante já foi implementada no Facebook americano em abril do ano passado, com mais de 50 opções de identificação de gênero. No Brasil, o número é menor porque a lista foi definida em parceria com ativistas LGBT locais, com base em estudos na realidade brasileira.
A rede, contudo, afirma que a lista ainda pode ser ampliada, conforme a identificação de demandas dos usuários.
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“A ideia do Facebook é dar cada vez mais liberdade para as pessoas se expressarem de forma autêntica. Queremos que as pessoas se sintam confortáveis usando a plataforma”, afirma Bruno Magrani, líder de políticas públicas do Facebook Brasil. Em novembro, a rede social buscou o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) para buscar referências brasileiras na área.
Para o deputado, a ferramenta demorou “um pouco” para chegar ao Brasil, tendo em vista que o país possui um número enorme de usuários de redes sociais. “É inadmissível que a pessoa transsexual esteja pela metade nas redes”, afirma. “Pode parecer algo banal aos olhos de uma pessoa de fora, mas essa dimensão pública da identidade é bastante significativa para as pessoas transexuais e suas famílias.”
Além de definir sua identificação, o usuário também personaliza a privacidade, determinando quem pode ver sua definição. A ideia é que a pessoa tenha liberdade para escolher quem tem acesso a sua identidade ou não. “Há pessoas que querem ser assimiladas. Ninguém é obrigado a sair do armário compulsoriamente”, explica Wyllys.
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