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Falta de remédios afeta santa-cruzenses

O pequeno Douglas Henrique da Silva, de 7 anos, é um dos cerca de 700 pacientes que dependem de medicamentos repassados pelo Estado hoje em falta em Santa Cruz do Sul.  Sem o uso de Ritalina, o rendimento escolar do menino acaba prejudicado, conta a mãe Josiane Inês Stumm, de 29 anos. “No mês passado consegui o remédio, mas no anterior não. Quando não tem, preciso comprar porque senão meu filho não consegue se concentrar na escola.” De acordo com a doméstica, o avô dela, de 71 anos, também necessita de comprimidos para tratar complicações pulmonares. “Sempre busco na farmácia para ele, mas faz três meses que não tem. A saída é comprar o remédio”, diz.

Problemas gastrointestinais fazem com que o carpinteiro Aristides Flores, de 58 anos, integre o grupo dos dependentes de remédios entregues na Farmácia Estadual, no município. A doença surgiu há 18 anos, quando ele passou a sofrer com crises de fortes sangramentos. Até então, sempre conseguiu os repasses. Porém, neste mês, a Mesalazina também apareceu na lista dos medicamentos em falta. 

Por sorte, nessa sexta-feira Flores recebeu a doação de seis caixas, que serão suficientes até outubro. “Se não tivesse conseguido, teria que comprar. O custo por mês para fazer o tratamento sai em torno de R$ 400,00”, comenta.

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A coordenadora da Farmácia Municipal e da Estadual em Santa Cruz, Lidiane Henn, afirma que 18 fármacos que deveriam ser repassados pela Secretaria Estadual de Saúde estão em falta. Alguns deles não vêm há quatro meses. Ela explica, no entanto, que é obrigação do governo do Estado encaminhar os pedidos e atender à demanda. “O município só cede o espaço e os funcionários, e se encarrega da distribuição dos medicamentos e produtos. Já questionamos a falta dos repasses”, conta.
  
Parte desses remédios acaba sendo trazida ao município em menor quantidade.  Conforme Lidiane, o Estado repassa nos dias 2 e 3 de cada mês. Depois disso, os funcionários conferem a remessa e a organizam para a distribuição. No dia 5, começa a entrega. “Nos primeiros dias a farmácia acaba lotando, forma-se uma fila enorme. É a lei da sobrevivência: todos querem garantir o seu remédio”, observa. A orientação da coordenadora é de que os pacientes prejudicados entrem em contato com a ouvidoria do Estado.

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