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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Faltou autocrítica

“Quando as águas da enchente cobrem a tudo e a todos, é porque de há muito começou a chover na serra. Nós é que não nos damos conta.” (Eraclio Zepeda (1937-2015), escritor e político mexicano).

A concomitância da grave crise social e econômica com o sucessivo desvendar dos casos de corrupção deixou a nação em estado de perplexidade e indignação. Logo, generalizou-se a descrença na política, no parlamento, no judiciário e no governo.

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Os inconformados com o tsunami “Bolsonaro” não percebem – ou não querem – que ele é mera coincidência temporal, um catalisador de insatisfações de toda ordem e natureza. Poderia ter sido seu João ou dona Maria!

São insatisfações represadas que remontam a  muito antes dos recentes governos, mas ora acumuladas e agravadas, e que explodiram neste processo eleitoral. Não à toa, alcançando e retirando representação de figuras (pré)históricas da política nacional.

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Historicamente (mesmo em outros países), partidos políticos – tanto as direções partidárias quanto os militantes mais ativos – têm restrições em realizar uma autocrítica. Temem municiar adversários.

Porém, ao relevar, omitir e desdenhar circunstâncias e fatos negativos de sua responsabilidade, resulta por se equipararem aos piores exemplos da degradante prática da velha política. O que sugere, demonstra e confirma que nada entenderam sobre as razões do presente fenômeno comportamental e eleitoral.

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O conselheiro Acácio, na obra literária Primo Basílio, de Eça de Queiroz, teria dito que “as consequências vem sempre depois!”

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